Por THEODIANO BASTOS
É um mito dizer que só se conhece apenas 10% do
cérebro humano. Não existem estudos que provem isso.
O Human Brain Project, lançado em 2013, começa a
entregar extraordinárias descobertas e algumas frustrações.
Não há nada no universo como o cérebro. Mesmo
representando apenas 2% do peso corporal, ele utiliza 20% de nossa energia. A
pedido do escritor Bill Bryson, autor de Corpo — Um Guia para Usuários, cientistas
da Universidade de Durham, na Inglaterra, fizeram cálculos cujos resultados são
fascinantes: um pedacinho de córtex de 1 milímetro cúbico, do tamanho de um
grão de areia, pode conter 2 000 terabytes de
informação, o suficiente para armazenar todos os filmes já feitos ou 1,2 bilhão
de livros com 400 páginas cada. “O grande paradoxo do cérebro é que tudo o que
sabemos sobre o mundo vem de um órgão que por si mesmo nunca o viu”, escreveu
Bryson. “Ele existe no silêncio e na escuridão, como um prisioneiro na
masmorra. Esse pedaço enigmático de
carne, cuja consistência já foi comparada a tofu, manteiga amolecida ou manjar
branco, passou nos últimos dez anos por um minucioso rastreamento — o Human Brain
Project (HBP) lançado com pompa e circunstância em 2013 por um colegiado de
institutos e universidades da Europa. Uma década depois, ele traz revelações,
com resultados mistos, de extraordinárias descobertas e algumas decepções.
Conhecido como o maior programa científico já
financiado pela União Europeia, o HBP pretendia criar uma réplica virtual do
órgão. No total, foram mais de 600 milhões de euros (o equivalente a 3,2
bilhões de reais) investidos, dezenas de laboratórios, cerca de 500
pesquisadores engajados e milhares de artigos publicados em periódicos
acadêmicos.
SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/ciencia/os-primeiros-resultados-e-decepcoes-do-projeto-que-rastreia-o-cerebro
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