quinta-feira, 10 de abril de 2025

O IMPACTO DA INTERNET NAS TRIBOS AMAZÔNICAS

 


Por THEODIANO BASTOS

FERNANDO SCHÜLER, cientista político e professor do Insper, que aborda em sua coluna de VEJA o impacto da Internet nas tribos da Amazônia com o acesso por satélite da Starlink de Elon Musk

“Os jovens ficaram preguiçosos”, diz Tsainama Marubo, da tribo com o mesmo nome, nas profundezas da Amazônia.

A culpa é da internet. Quem colocou o sinal lá foi a Starlink, do Elon Musk. Mérito para e para ele. Conectou a Amazônia. Ajudou centenas de comunidades a terem acesso rápido a socorro e a bens que nunca poderiam imaginar. Mas há uma montanha de consequências não intencionais aí. 

O The New York Times fez uma matéria sobre isso na tribo dos marubos. Ela conta sobre jovens indígenas que agora passam horas grudados nos celulares e não se interessam mais em fazer tintas e colares.

Ela conta sobre jovens indígenas que agora passam horas grudados nos celulares e não se interessam mais em fazer tintas e colares. Querem saber é da cultura de fora. Também perderam o interesse na caça interesse na caça e no cultivo. E, mesmo em uma reunião da tribo, é no Instagram que boa parte está ligada. Me chamou a atenção a frase: “Quando a internet chegou, todos ficaram felizes, E, mesmo em uma reunião da tribo, é no Instagram que boa parte está ligada. Me chamou a atenção a frase: “Quando a internet chegou, todos ficaram felizes, mas agora as coisas pioraram”. 

E ficaram viciados em pornografia, dizem outras fontes. 

O que se passou com os marubos, em poucas semanas, vem se passando à nossa volta nas últimas décadas. Ainda me lembro da euforia com as infinitas possibilidades da era digital em algum momento dos anos 1990. A ideia de aproximar as pessoas, diluir diferenças, criar finalmente uma “sociedade civil mundial”, como tantas vezes escutei. Hoje sabemos que tudo isso se perdeu. Nos tornamos todos um pouco marubos, quem sabe sem perceber. Quem trata disso é Jonathan Haidt em seu lindíssimo livro A Geração Ansiosa. Os casos de depressão entre adolescentes cresceram 161% (meninos) e 135% (meninas) desde 2010. Casos de automutilação aumentaram 188% entre adolescentes nos Estados Unidos. 

Bullying é a prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, cometidos por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. É uma forma de intimidação sistemática que pode causar danos psicológicos sérios nas vítimas. 

Veja o que recebeu uma garota de 12 anos: “gorda, feia, retardada, ninguém de ama, se mata”

Leia mais emhttps://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/somos-todos-marubos/

domingo, 6 de abril de 2025

O sistema que impede Veneza de afundar há mais de 1.600 anos

 

Engenheiros antigos geniais criaram um sistema que mantém Veneza em pé há mais de 1,6 mil anos, usando madeira

Anna Bressanin:

Todos os moradores locais sabem que Veneza, na Itália, é uma floresta de cabeça para baixo.

A cidade completou 1.604 anos no dia 25 de março. Ela foi construída sobre as fundações de milhões de estacas curtas de madeira, socadas contra o solo com a ponta para baixo.

As árvores são lariços, carvalhos, amieiros, pinheiros, abetos e elmos, com altura que varia de 3,5 metros até menos de 1 metro. Elas sustentam os palácios de pedra e altos campanários há séculos, formando uma verdadeira maravilha da engenharia, que equilibra as forças da física e da natureza.

Na maioria das estruturas modernas, concreto reforçado e aço fazem o mesmo trabalho que esta floresta invertida mantém há séculos. Mas, apesar da sua força, poucas fundações atuais poderão durar tanto quanto as de Veneza.

"Estacas de concreto ou aço são projetadas hoje em dia [com garantia para durar] 50 anos", afirma o professor de geomecânica e engenharia de geossistemas Alexander Puzrin, do Instituto Federal de Tecnologia (ETH) de Zurique, na Suíça.  

Os edifícios de Veneza sustentam-se sobre estacas de madeira cravadas no solo por meio de um processo chamado fundação por fricção. Esse método consiste em fixar as estacas no solo por atrito, sem atingir o leito rochoso. 

Para tentar conter as inundações, foi criado um projeto chamado Mose. Trata-se de um conjunto de mais de 70 barreiras instaladas no fundo do mar e que circundam a cidade, cada uma pesando 200 toneladas.

  FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c62jddelw0ko E https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=lDvP7OHUJRo - https://www.google.com/search?q=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&oq=veneza+como+os+predios+se+sustentam+sobre+estacas&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTIwODE0ajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8 

sábado, 5 de abril de 2025

ADOLESCENTE, O PERIGO NVISIVEL DAS REDES SOCIAIS


 Por THEODIANO BASTOS

Um estudo da Universidade de Oxford, publicado em 2024, revelou que adolescentes que passam mais de três horas por dia nas redes têm 60% mais chances de desenvolver depressão

Como acompanhar o que os filhos fazem nas redes sociais? Especialistas dão dicas

Minissérie 'Adolescência' acentuou preocupação dos pais com o conteúdo que os menores consomem online

Nos últimos anos, as redes sociais — a face mais onipresente e insidiosa da tecnologia no cotidiano dos jovens — passaram de entretenimento inofensivo a influenciadoras silenciosas do comportamento adolescente. A série “Adolescência”, da Netflix, acende um alerta importante sobre esse impacto: a cultura digital está reconfigurando a formação emocional e psicológica de uma geração inteira. E escancara um problema que governos e big techs preferem ignorar: o ambiente online, sem mediação ou regulação, pode ser profundamente nocivo para crianças e adolescentes.

Como mãe de dois adolescentes, assisti à série com um nó na garganta. A trama, que envolve um garoto de 13 anos acusado de um assassinato brutal — potencialmente influenciado por ideologias misóginas encontradas na internet —, reflete o pesadelo moderno que muitas famílias enfrentam. O acesso irrestrito a conteúdos tóxicos, a normalização da violência e a construção de comunidades extremistas nos cantos escuros da internet não são mais possibilidades distópicas. São realidades cotidianas.

A adolescência hackeada

A adolescência já é, por natureza, uma fase de intensa transformação: física, emocional e social. O cérebro ainda está em formação, a identidade busca se afirmar e o pertencimento a grupos se torna vital. Justamente nesse momento de extrema maleabilidade, operam algoritmos desenhados para capturar atenção e manipular comportamento — muitas vezes sem qualquer critério de segurança.

A velocidade com que novas redes sociais, jogos e aplicativos surgem torna árdua para os responsáveis a tarefa de monitorar o que os adolescentes estão vendo e escrevendo quando estão com o celular em mãos. E há de se admitir: na maioria das vezes, os pequenos têm muito mais domínio das ferramentas digitais, criando uma certa barreira entre os adultos. Os perigos das telas vão desde cyberbullyi...

SAIBA MAIS EM: https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/04/adolescencia-o-perigo-invisivel-das-redes-sociais-para-os-jovens/ E https://veja.abril.com.br/comportamento/como-acompanhar-o-que-os-filhos-fazem-nas-redes-sociais-especialistas-dao-dicas/