sexta-feira, 24 de outubro de 2025

'É mais difícil criar uma criança do que comandar ônibus espacial'

 


                                         Por THEODIANO BASTOS

Ela é a astronauta que quebrou o "teto de vidro". E foi além.

Eileen Collins fez história ao se tornar a primeira mulher a pilotar e comandar uma nave espacial da Nasa. Mas, apesar de seus feitos marcantes, sua trajetória é pouco conhecida pelas pessoas.

Agora, um documentário que narra sua trajetória pioneira, chamado Spacewoman ("Mulher do Espaço", em tradução livre, sem previsão de estreia nos cinemas brasileiros), busca mudar essa falta de reconhecimento popular.

A BBC conversou com Collins no Museu da Ciência, em Londres.

Ela fala com suavidade, é acolhedora e tem os pés no chão, mas logo se percebe sua concentração e determinação. Há firmeza por trás da voz calma.

"Eu estava lendo um artigo sobre os astronautas do programa Gemini [conduzido pela Nasa entre 1961 e 1966]. Eu devia ter uns nove anos e pensei: isso é a coisa mais incrível do mundo. É isso que eu quero fazer", conta.

"É claro que, naquela época, não havia mulheres astronautas. Mas pensei: vou ser uma mulher astronauta."

'Não era só sobre mim'

Aquela garotinha, porém, sonhava ainda mais alto: queria estar no comando de uma nave espacial.

E a única forma de conseguir isso era entrar para as Forças Armadas e tornar-se piloto de testes.

Na Força Aérea, Collins se destacou e foi selecionada para integrar o programa de astronautas. Ela pilotaria ônibus espaciais, como são chamados os "aviões espaciais" da Nasa.

Collins sabia que os olhos do mundo estavam sobre ela quando sua primeira missão decolou, em 1995.

"Como primeira mulher a pilotar o ônibus espacial, trabalhei muito porque não queria que as pessoas dissessem: 'Olhem, a mulher errou'. Não era só sobre mim, era sobre as mulheres que viriam depois", conta.

"E eu queria que a reputação das mulheres piloto fosse: 'Ei, elas são realmente boas'."

Ela era tão competente que logo foi promovida a comandante, outro feito inédito.

Collins também era mãe de dois filhos pequenos. O fato de ser esposa, mãe e astronauta era frequentemente mencionado nas coletivas de imprensa da época, e alguns jornalistas pareciam surpresos com a ideia de que ela pudesse ser as três coisas ao mesmo tempo.

Mas Collins diz que ser mãe e comandante foram "os dois melhores trabalhos do mundo".

"Vou dizer uma coisa: é mais difícil criar uma criança do que comandar ônibus espacial", brinca.

"O melhor treinamento que já tive para ser comandante foi ser mãe, porque você aprende a dizer não às pessoas."

FONTE: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cqjwd09qgkyo

sábado, 18 de outubro de 2025

JUNG, EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

 

                                       Por THEODIANO BASTOS

Relato de do famoso psiquiatra e cientista CARLOS GUSTAV JUNG relatada em seu livro MEMÓRIA, SONHOS E REFEXÕS que tenho na minha biblioteca, relata com detalhes a experiência que teve de Quase Morte.

Jung, o famoso médico e psiquiatra, o mais famoso discípulo de Freud passou a descrever suas visões: “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes. Justamente sob meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o subcontinente indiano. Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua forma esférica era nitidamente perceptível e seus contornos brilhavam como prata através da maravilhosa luz azul. Em certas regiões a esfera terrestre parecia colorida ou marchetada de um verde escuro como prata oxidada. Bem longe, à esquerda, uma larga extensão — o deserto vermelho-alaranjado da Arábia. Era como se ali a prata estivesse tomado uma tonalidade alaranjada. Adiante o Mar Vermelho e mais além, como no ângulo superior esquerdo  de um mapa, pude ainda perceber uma nesga do Mediterrâneo. Meu olhar voltara-se sobretudo para essa direção, ficando o restante impreciso. Evidentemente via também os cumes nevados do Himalaia, mas cercados de brumas e nuvens. Não olha “à direita”. Sabia que estava prestes a deixar a terra.

“Mais tarde informei-me de que a distância dever-se-ia estar da Terra para abarcar tal amplidão: cerca de mil e quinhentos quilômetros! O espetáculo da Terra  visto dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida”, disse. E quando os astronautas viram a Terra do Espaço confirmaram que ela era azul.

 FONTE:https://www.google.com/search?q=livro+jung+memorias+sonhos+e+reflexoes&oq=livro+de+jung%2C+mem%C3%B3rias&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqCAgBEAAYFhgeMgYIABBFGDkyCAgBEAAYFhgeMgoIAhAAGIAEGKIEMgoIAxAAGIAEGKIEMgoIBBAAGIAEGKIEMgcIBRAAGO8F0gEJMTYwMTVqMWo3qAIAsAIA&sourceid=chrome&ie=UTF-8

 

Neurocientista espanhol relata o que viveu durante sete segundos de morte clínica: 'Mais real que a própria realidade'

 

Ele ficou morto por sete segundos, revelou o que lembra daquele momento e deixou todos sem palavras 

                                  Por THEODIANO BASTOS

Álex Gómez Marín diz ter visto uma luz dourada e sentido “uma paz absoluta” durante o episódio; experiência mudou sua visão sobre a vida e a morte

lembra daquele momento e deixou todos sem palavras — Foto: Reprodução/La Nacion

As experiências de quase morte sempre despertam curiosidade e espanto — tanto na comunidade científica quanto entre pessoas que buscam compreender o que acontece no limite entre a vida e a morte. Quem passa por situações extremas costuma relatar sensações difíceis de explicar, como a visão de uma luz intensa, uma profunda sensação de paz ou a impressão de estar fora do próprio corpo. Desta vez, o relato vem de um homem que ficou clinicamente morto por sete segundos e contou o que viveu nesse breve, mas marcante, intervalo de tempo.

Trata-se do neurocientista Álex Gómez Marín, pesquisador do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), na Espanha, que afirma ter vivido uma experiência transformadora. Em entrevista recente aos jornalistas Bruno Cardeñosa e Silvia Casasola, no programa La Rosa de los Vientos, o cientista descreveu o que aconteceu e disse que o que sentiu “não se compara com nada que já tenha experimentado antes”.

— Não foi um sonho nem uma alucinação, foi algo mais real que a própria realidade — afirmou, destacando que seu relato desafia qualquer explicação racional ou científica.

No livro La ciencia del último umbral (“A ciência do último limiar”, em tradução livre), Gómez Marín narra o episódio que mudou sua visão sobre a existência. Há alguns anos, ele sofreu uma hemorragia interna que o deixou hospitalizado por vários dias e o levou a um estado crítico. Nesse período, viveu o que descreve como uma experiência transcendental:

— Estive sete segundos do outro lado. Estava em um poço com uma luz dourada acima e três guias espirituais que me ofereciam ajuda para sair. Nesse momento, pensei em minhas filhas pequenas e pedi para voltar.

Segundo ele, durante esses segundos não sentiu medo nem angústia, apenas uma profunda calma.

— Lá não é preciso pensar, simplesmente se sabe. Eu sabia que tudo estava bem — relatou com serenidade.

A experiência, segundo o neurocientista, deu-lhe uma nova perspectiva sobre a vida e sobre os limites entre o corpo e a consciência. Apesar de afirmar que não é uma pessoa religiosa, Gómez Marín diz acreditar que “o sagrado existe e vai além do material”.

— Durante muito tempo o materialismo nos disse que só existe a matéria. Mas o amor, a dor e a consciência também são reais, ainda que não possam ser medidos — afirmou.

Meses atrás, ele já havia abordado esse tema em uma conversa com o médico Manuel Sans Segarra, refletindo sobre como experiências de quase morte podem mudar a percepção da existência.

O cientista reconhece que o medo da morte é um dos temores mais universais, mas diz que sua vivência o fez encará-la de forma diferente.

— Acho que morrer é algo muito bonito. Temos muito medo, mas quem já esteve com um pé lá e voltou sabe que é uma experiência bela. E, enquanto isso, é importante lembrar que também há vida antes da morte — concluiu.

FONTE: https://oglobo.globo.com/mundo/epoca/noticia/2025/10/18/neurocientista-espanhol-relata-o-que-viveu-durante-sete-segundos-de-morte-clinica-mais-real-que-a-propria-realidade.ghtml

terça-feira, 23 de setembro de 2025

GERAÇÃO ALFA, O QUE ELES ESTÃO DIZENDO?

 

CÓDIGO SECRETO - A turma de 15 anos ou menos: linguagem própria, hermética e desafiadora  

                     Por THEODIANO BASTOS

CÓDIGO SECRETO - A turma de 15 anos ou menos: linguagem própria, hermética e desafiadora 

 

As palavras foram sempre ferramentas de silêncio entre gerações — não é de hoje, claro, que os mais jovens criam expressões de modo a esconder algo, ou tudo, dos adultos. É movimento natural, porque a língua é viva. Assim caminha a humanidade, agora com um dado que bagunça o coreto: a eclosão da inteligência artificial (IA), filha mais nova da era das redes sociais e da internet, que acelera os passos. Se já era difícil traduzir os humores da juventude, agora o quebra-cabeça ganhou novas peças.

Nem os modelos de Inteligência Artificial IA — GPT-4, Claude, Gemini e Llama 3 — conseguiram decifrar...

A diferença de entendimento das expressões entre o grupo de 11 a 14 anos e os demais foi abissal. Entre os voluntários da geração alfa, 98% entenderam o significado dos termos e 96% perceberam o entenderam o significado dos termos e 96% perceberam o contexto em que foram usados. Os modelos de IA, contudo, só reconheceram o uso prejudicial em cerca de quatro em cada dez casos —  variando de 32,5% para Llama 3 a 42,3% para Claude. Os adultos também foram mal, identificando apenas um terço do vocabulário.

Há, enfim, um submundo de invencionices que escapam a seres humanos adultos e máquinas, em repertório parcialmente iluminado pela série Adolescência, da Netflix.

SAIBA MAIS EM:  https://veja.abril.com.br/comportamento/o-que-eles-estao-dizendo-ia-tambem-nao-consegue-acompanhar-a-linguagem-dos-adolescentes/

 

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE AREQUIPA NO PERU CURSO PARA USO DE EQUIPAMENTO PARA QUEM TEVE AVC

 



20/9/25 encerramento do Mestrado sobre uso de equipamento para mitigar sequelas do AVC

Em Arequipa, Peru, o NEUROCIENTISTA TEODIANO BASTOS FILHO está há 45 dias, ensinando o uso do equipamento de sua invenção para minorar as sequelas deixadas nos pacientes que sofreram o AVC Acidente Vascular Cerebral.

Fundada em 31 de maio de 1964, a universidade tem mais de 8 mil alunos.

Arequipa é a segunda maior cidade do Peru, conhecida como a "Cidade Branca" devido aos seus edifícios de sillar (pedra vulcânica), e está situada num vale nos Andes, rodeada pelos vulcões Misti, Chachani e Pichu Pichu. A cidade é um importante destino turístico, com um centro histórico classificado como Património Mundial da UNESCO, destacando-se pela sua arquitetura colonial, a Igreja dos Jesuítas e o Monastério de Santa Catalina. Além da sua beleza natural e arquitetónica, Arequipa é um centro cultural.

É a segunda cidade mais populosa do Peru, depois da capital Lima, com uma população urbana de 1.295.700 em 2025. 

A cidade está situada a 2.300 metros de altitude, rodeada pelos vulcões Misti, Chachani e Pichu Pichu, que compõem uma paisagem espetacular.

Localiza-se no sul do país, a 2300 metros de altitude, estendendo-se numa área de oásis localizada num vale das montanhas desérticas da cordilheira dos Andes, e rodeada por vários picos, entre os quais o de Misti, com cerca de 5822 metros de altitude.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

MONTANHA DAS 7 CORES (Arco-Íris) NOS ANDES NO PERU

 

                                 Por THEODIANO BASTOS  

Descubra a majestosa Montanha das 7 Cores no Peru, também conhecida como Vinicunca ou Rainbow Mountain, um destino que parece extraído de um sonho surrealista. Com suas impressionantes nuances de vermelho, verde, amarelo, roxo e azul, este fascinante lugar te convida a viver uma experiência única nos Andes peruanos.

um destino que parece extraído de um sonho surrealista. Com suas impressionantes nuances de vermelho, verde, amarelo, roxo e azul, este fascinante lugar te convida a viver uma experiência única nos Andes peruanos. Se você está planejando sua próxima viagem a Cusco para 2025, não pode perder a oportunidade de explorar este canto mágico que combina beleza natural e aventura, tornando-se um dos destinos mais espetaculares e inusitados do mundo. Prepare-se para caminhar sobre um chão de arco-íris e eternizar lembranças inesquecíveis neste paraíso andino.

RELATO DE TEODIANO BASTOS FILHO

“Passeio espetacular até a Montanha de Sete Cores (Vinicunca), com paisagens impressionantes (e até nevou ❄️, algo inusual para esta época do ano)! A van chega até 4600 m de altura e depois é necessário subir a pé mais 430 m (até chegar aos 5030 m), mas devido à altitude, demorei quase 1 h para percorrer esse pequeno trecho de 430 m (quatro quadras). Fazia muito frio 🥶, mas a paisagem é realmente impressionante (embelezada mais ainda pela neve). O tour incluía café da manhã (antes da subida) e almoço após a subida! Vale muito a pena, mas tem que ter boa condição física para chegar até o topo (muitos turistas 
desistiram no percurso)”.

Constatou que na verdade a montanha tem 5 cores e não 7 que propagam. 

Saindo de Arequipa, antes ouve o passeio pelos arredores de Cusco, conhecendo o Vale Sagrado do Império Inca, onde se encontram vários assentamentos desta civilização. O tour também passou pelas Salinas de Mara, que são um sítio arqueológico pré-incaico, a cerca de 40 km de Cusco. Muito bonito o passeio, que também incluía o almoço (ceviche de truta e ensopado de carne de lhama)!

 

Antes teve passeio pelos arredores de Cusco, conhecendo o Vale Sagrado do Império Inca, onde se encontram vários assentamentos desta civilização. O tour também passou pelas Salinas de Mara, que são um sítio arqueológico pré-incaico, a cerca de 40 km de Cusco. Muito bonito o passeio. FONTEhttps://www.google.com/search?q=a+Montanha+de+Sete+Cores+(Vinicunca)%2C&oq=a+Montanha+de+Sete+Cores+(Vinicunca)%2C&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCDE2MzRqMGo3qAIAsAIA&sourceid=chrome&ie=UTF-8

sábado, 13 de setembro de 2025

CREPÚSCULO DA VIDA DE UMA PESSOA FELIZ

  


                                 Por THEODIANO BASTOS

Fazendo um exame de consciência ao se aproximar dos 89 anos, sou grato pela vida, saúde, vigor físico, lucidez e produtivo no crepúsculo da vida.  

“Pai, nós 4, seus filhos, reconhecemos sua dedicação, ensinamentos corretos em relação a vida e sua presença constante em nossas vidas.

Na vida as vezes acontecem momentos desagradáveis.

Temos que esquecê-los e valorizarmos as bênçãos que Deus deu ao Senhor e Mãe”, disse minha filha Cristiane.

"Crepúsculo da vida" é uma expressão que se refere à velhice, a fase final da vida humana, utilizando a metáfora do crepúsculo – o período antes do amanhecer e depois do pôr do sol – para descrever o declínio e o fim de um ciclo. 

Nada de bom teria acontecido na minha vida se não tivesse encontrado a companheira que tenho, Maria do Carmo, Lila para os íntimos, com quem estou casado há 64 anos. Dois casais de filhos, três netas e quatro netos, duas noras e dois genros.

FELICIDADE; O QUE FAZ UMA PESSOA FELIZ?    

É um tema muito caro neste mundo atribulado que vivemos, em que muitos de nós questiona o objetivo da vida e o que é "ser feliz".

Para Carl Gustav Jung, para se ser feliz, é preciso se ter seis coisas na vida, que são:

1 - Boa saúde. 2 - Gosto pela beleza nas artes e na natureza. 3 - Um razoável padrão de vida. 4 - Um trabalho que dê satisfação. 5 Uma religião ou filosofia para enfrentar as vicissitudes da vida 6 - Um casamento feliz. E tenho os seis na vida.

Mas adverte: “Um homem completo sabe que mesmo seu mais feroz inimigo, não um só, mas um bom número deles, não chega aos pés daquele terrível adversário, ou seja, aquele “outro” que habita em seu seio. Enfim, “O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo”. O “animus” é a polarização sombria e masculina da mulher. Já a “anima” é o lado sombrio e feminino do homem.” C.G. Jung Daí a necessidade do “Conhece-te a ti mesmo para conheceres os deuses e o universo”, pregado por Sócrates.