Por THEODIANO BASTOS
'Atentado contra Trump deixou EUA a um centímetro de possível guerra civil'
Embora não tivesse formação militar, THOMAS MATTHEW CROOKS, 20 ANOS, frequentava um clube de tiros.
Atirador comprou munição horas antes de atentado contra Trump
Thomas Matthew Crooks adquiriu 50 cartuchos em uma loja de armamento no dia do ataque.
É descrito como um rapaz tímido, que era vítima de bullying e havia sido rejeitado no clube de tiro na escola por não ser bom atirador.
Mas entrevistas da CNN com mais de meia dúzia de ex-colegas de classe e vizinhos de Crooks o retrataram como quieto e indiferente, com colegas de classe se lembrando dele como um desajustado no ensino médio, vítima de bullying.
O caso está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico.
Crooks morava com os pais e trabalhava como auxiliar de cozinha num abrigo de idosos e deu uma rajada para atingir Trump usando um fuzil AR-15 comprado legalmente por seu pai.
Crooks era de Bethel Park, também Pensilvânia, a cerca de 70 km do local da tentativa de assassinato.
Com a tentativa de assassinato de Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado (13/1), os EUA tiveram um novo episódio de violência em um ambiente político altamente polarizado. (como no Brasil...)
Trump sobreviveu, mas uma pessoa morreu e outros presentes no comício ficaram feridos. O atirador foi morto.
Dada a forte polarização americana, Perliger disse que "não surpreende que as pessoas recorram à violência".
Arie Perliger: A primeira coisa que me ocorreu é que estivemos basicamente a um centímetro de uma possível guerra civil. Eu acho que se de fato Donald Trump tivesse sofrido ferimentos fatais, o nível de violência que testemunhamos até agora não seria nada comparado com o que veríamos nos próximos meses. Isso teria desencadeado um novo nível de raiva, frustração, ressentimento, hostilidade que não vemos há muitos e muitos anos nos EUA.
A tentativa de assassinato, pelo menos nesse estágio inicial, pode validar um sentimento forte entre muitos apoiadores de Trump e muitas pessoas na extrema direita de que eles estão sendo deslegitimizados, de que estão na defensiva e que há esforços para basicamente impedi-los de competir no processo político e impedir Trump de retornar à Casa Branca.
O que vimos, para muitos na extrema direita, fecha perfeitamente com uma narrativa que eles já vinham construindo e disseminando nos últimos meses.
Schalit: Tentativas de assassinato não são apenas para se matar uma pessoa. Elas têm um objetivo maior, certo?...
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