Por THEODIANO BASTOS
O EPICENTRO DA CRISE É A FAIXA DE GAZA, um enclave no território de Israel,
pois fica a 115 km de distância da Cisjordânia para formar a Palestina. Um complicador
muito sério para qualquer acordo de paz.
A Faixa de Gaza é um
estreito território localizado no Oriente Médio. Com aproximadamente 41 km de
extensão e largura que chega a até 12 km, a Faixa de Gaza possui área de 365 km² e uma população de 2,1 milhão de habitantes a mais densamente
povoada no mundo. 50% de sua população tem menos de 18 anos.
Localizada na
costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o
Egito no sudoeste e com Israel no leste e no norte.
E para complicar, NETANYAHU, atual
primeiro-ministro de Israel, liderou e até sabotou o acordo de paz de YATZAK
RABIN, assassinado no dia 4 de novembro de 1995,
com dois tiros nas costas, após participar de uma manifestação que reuniu 100
mil pessoas pela paz no centro
de Tel Aviv. Em 4 de
novembro de 1995, Rabin discursou para 100 mil israelenses na praça de Tel Aviv
que hoje leva seu nome, pedindo que seus compatriotas apoiassem os Acordos de
Oslo – tratados provisórios que abririam caminho para uma solução de dois Estados.
"O caminho da paz é preferível ao caminho da guerra", disse o
político, então. Enquanto se dirigia para o carro, ele foi baleado duas vezes,
à queima-roupa, pelo ultranacionalista Yigal Amir, um estudante de direito de
25 anos, condenado a prisão perpétua. Rabin morreu no hospital.
Liderado pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, os acordos se comprometiam a unir esforços para
a realização da paz entre os dois povos. Estes acordos previam o término dos conflitos, a abertura das negociações sobre os territórios
ocupados, a retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém.
Opressão histórica contra palestinos gerou crise
Em resposta ao ataque surpresa,
Israel anunciou um “cerco total” — deixando sem eletricidade, sem
alimentos e sem combustível a população na Faixa de Gaza, território onde vivem 2,5 milhões de
palestinos. Nos últimos dias, os bombardeios no território também aumentaram,
atingindo até escolas administradas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Sem energia, hospitais na região funcionam com geradores.
Aniversário
do assassinato do premiê israelense e Prêmio Nobel da Paz transcorre em meio a
nova onda de violência entre Israel e palestinos. Cidadãos dos dois lados cada
vez mais céticos quanto a solução de dois Estados.
Yitzhak Rabin foi um comandante que participou da Guerra de Independência de Israel e mais tarde se tornou chefe do Estado-Maior mas, como primeiro-ministro, era a favor de que o país se retirasse da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, para manter seu caráter judeu e democrático.
Em 1994, Rabin, Shimon Peres e o presidente da Organização para Libertação da Palestina, Yasser Arafat, receberam o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços pela paz na região.
Uma sondagem realizada pela
Universidade de Tel Aviv em outubro revelou que quase metade dos judeus
israelenses e mais de metade dos cidadãos israelenses árabes acreditam que a
solução de dois Estados está morta. Os palestinos da Cisjordânia e em Gaza são ainda
mais céticos, segundo pesquisa realizada em setembro pelo Palestinian Center
for Policy and Survey Research. Dois terços dos entrevistados consideram
impossível uma solução de dois Estados, 51% se opõem à ideia.
"Meu pai me levava para Gaza para pegar mercadorias para a loja de móveis dele." Hoje, Gaza é um enclave isolado, governado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas e bloqueado por Israel e o Egito.” SAIBA MAIS EM: https://www.dw.com/pt-br/legado-de-yitzhak-rabin-se-dilui-20-anos-ap%C3%B3s-sua-morte/a-18825918 E https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/10/13/existe-solucao-para-o-conflito-israel-e-palestina-especialistas-opinam.ghtml
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