domingo, 31 de outubro de 2021

COMBUSTÍVEIS, POR QUE OS PREÇOS SOBEM TANTO?


Por THEODIANO BASTOS 

Há mais de 15 anos, o Brasil passou a ser considerado autossuficiente em petróleo, o que significa dizer que a produção do recurso supera o consumo. Por dia, o país fabrica 3 milhões de barris, mas compra do exterior 170 mil barris por dia em derivados do petróleo. Por que ainda importamos? 

Em 10 meses a Petrobras aumentou os combustíveis 11 vezes.

Gasolina no Brasil está entre as mais caras da América do Sul. Brasileiros pagam menos pelo litro do combustível apenas do que os motoristas do Chile e do Uruguai, afirma GlobalPetrolPrices

Em um posto da Argentina, o litro da gasolina custa o equivalente a R$ 3,10, segundo o G1.

Em Porto Iguaçu, na Argentina, 90% do movimento é de brasileiros. Na Bolívia, o preço da gasolina equivalente ao Real é de R$ 3,00 e na Colômbia, R$ 3,39.

Brasil vende litro de gasolina para a Bolívia por R$ 1,59; entenda os motivos. De acordo com a Petrobras, o preço para a empresa boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPBF) acontece devido à tributação que a gasolina enfrenta até a chegar nos postos brasileiros.

Gasolina no Brasil está entre as mais caras da América do Sul

Brasileiros pagam menos pelo litro do combustível apenas do que os motoristas do Chile e do Uruguai, afirma GlobalPetrolPrices

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina custa mais de R$ 7 reais em 13 estados brasileiros, e o valor médio do litro no país é de R$ 6,56. Há mais de 15 anos, o Brasil passou a ser considerado autossuficiente em petróleo, o que significa dizer que a produção do recurso supera o consumo. Por dia, o país fabrica 3 milhões de barris, mas compra do exterior 170 mil barris por dia em derivados do petróleo.

Brasileiros pagam menos pelo litro do combustível apenas do que os motoristas do Chile e do Uruguai, afirma GlobalPetrolPrices

Por que o Brasil importa combustíveis se é autossuficiente em petróleo?

Por: Hygino Vasconcellos

Há mais de 15 anos, o Brasil passou a ser considerado autossuficiente em petróleo, o que significa dizer que a produção do recurso supera o consumo. Por dia, o país fabrica 3 milhões de barris, mas compra do exterior 170 mil barris por dia em derivados do petróleo. Por que ainda importamos? A resposta está relacionada às características do produto extraído no Brasil, à estrutura de refinarias no país e outros aspectos técnicos, segundo especialistas ouvidos por UOL. Veja as explicações abaixo. Petróleo brasileiro é difícil de refinar Boa parte das refinarias brasileiras foi construída na década de 1970, quando o petróleo era importado. Porém, o produto importado era do tipo leve. Com a descoberta e a extração de petróleo na Bacia de Campos, também nessa época, as refinarias precisaram passar por um processo de adaptação para refinar o produto brasileiro, mais pesado. Com o pré-sal (extração em águas profundas), o petróleo leve também começou a ser obtido no Brasil, com maior valor agregado e com características diferentes. Sem maquinário específico nas refinarias para esse tipo de combustível, ele passou a ser exportado, segundo o especialista em regulação de petróleo e biocombustível da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Krongnon Regueira. Diariamente, mais de 1 milhão de barris são enviados para o exterior. "Ao produzir petróleo leve e colocá-lo em uma refinaria que foi projetada para processar petróleo pesado, você está desperdiçando recursos, não otimizando. Eu sempre gosto de dar esse exemplo. É como pegar um vinho nobre e transformar em sagu [sobremesa com mandioca e vinho]. Você estaria desperdiçando, porque o sagu deveria ser feito com vinho barato", afirma. Em busca da mistura perfeita de derivados de petróleo O país acaba importando derivados do petróleo para compor o blend, como é chamada a mistura do petróleo brasileiro com outros tipos e que possibilita o refino, explica a professora e assessora estratégica da FGV Energia, Fernanda Delgado. "A gente importa quantidade pequena do mercado internacional porque existem qualidades físico-químicos diferentes de petróleo. Importamos para compor o blend, uma mistura, que atende ao nosso parque de refino." A importação de componentes do petróleo não ocorre apenas no Brasil, declara a diretora do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), Valéria Lima. "Mesmo outros países que são exportadores também importam alguns tipos para compor melhor a mistura ao parque de refino, como os Estados Unidos e a Arábia Saudita." Importação e dólar influenciam preços A importação de derivados de petróleo também influencia no preço dos combustíveis. Para atender a demanda por diesel, por exemplo, é preciso trazer importar. Mas não só isso afeta o valor cobrado nas bombas dos postos. O preço do barril do petróleo e a cotação do dólar são os dois principais itens que fazem oscilar os valores. O preço do barril está próximo aos valores de dezembro de 2019, antes do início da pandemia, em dois mercados diferentes de petróleo (o norteamericano e o britânico). Por outro lado, o dólar não seguiu a mesma tendência. Em dezembro de 2019 estava na casa dos R$ 4 e nesta semana passou de R$ 5,65. Porém, o barril é negociado em dólar, o que impacta os preços. Controle artificial dos preços Para conter a inflação e disparada de valores nas bombas, outros governos estabeleceram controle artificial de preços no petróleo. Foi o caso do governo de Dilma Rousseff (PT), lembra o técnico da ANP. "Isso causou um rombo nas contas da Petrobras. O governo de Michel Temer acabou com controle de preços, e hoje o petróleo tem valor livre, alinhado ao mercado internacional. Quando sobe lá fora, sobe aqui também", afirma Regueira. Como a Petrobras é uma empresa de capital aberto, o controle artificial de preços acaba espantando investidores e faz com que a empresa perca valor de mercado, entende o professor do Insper Alexandre Chaia. "A Petrobras tem dinheiro de investidores, inclusive de outros países. Isso [controle de preços] é uma coisa que não pode acontecer, uma intervenção política." Refinarias são mal distribuídas As refinarias existentes no país estão concentradas na porção leste do país (para o lado do litoral) -das 16 unidades da Petrobras, não há nenhuma no Centro-Oeste e apenas uma em Manaus. Em alguns lugares do país, importar combustível pode ser mais vantajoso, mesmo com o dólar alto. "No Nordeste e no Norte, é mais barato importar de outros países próximos do que produzir em uma refinaria nacional", exemplifica o economista e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Edmar de Almeida. Mas ter uma refinaria próxima não significa preço baixo. Quem mora no Acre recebe combustíveis vindos da refinaria em Manaus. Porém, para compor a gasolina é necessário adicionar 27% de etanol, produzido em São Paulo. Nessa conta, acaba entrando o preço do frete do combustível do sudeste até o norte do país, que acaba refletindo no valor cobrado no posto de combustíveis. Não há qualquer dificuldade para refino, diz Petrobras Em nota, a Petrobras informou que atualmente 94% do petróleo refinado nas refinarias da empresa tem origem nacional. Veja a nota na íntegra: "Com relação a matéria 'Por que o Brasil importa combustíveis se é autossuficiente em petróleo?', publicado neste sábado (17/4) pelo portal UOL, a Petrobras esclarece que atualmente 94% do petróleo refinado nas refinarias da Petrobras tem origem nacional. Cabe destacar que a produção do pré-sal já corresponde a 68% do petróleo produzido no país. Não há qualquer dificuldade para refino do petróleo do pré-sal no Brasil. Vale destacar ainda que processar mais petróleo não significa necessariamente obter o melhor resultado econômico. A utilização das nossas refinarias depende, dentre outros fatores, das cotações de preços de petróleo e derivados, da disponibilidade das unidades de processo e do volume de combustíveis a ser entregue aos nossos clientes. A Petrobras busca sempre o cenário de utilização de seus ativos que garanta a rentabilidade mais adequada para a companhia. A companhia mantém investimentos no segmento de Refino, com valores que chegam a US$ 3,7 bilhões, de acordo com o Plano Estratégico 2021- 2025. E, dentro dos seus planos nesta área, anunciou recentemente a intenção de disponibilizar ao mercado brasileiro uma nova geração de combustíveis. Batizado de Biorefino 2030, o projeto prevê a produção comercial de combustíveis mais modernos e sustentáveis, como o diesel renovável e o bioquerosene de aviação. Mesmo após a venda das oito refinarias, a Petrobras permanecerá com aproximadamente metade da capacidade de refino do país e investirá em tecnologias para tornar suas unidades duplamente resilientes, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico." Fonte original: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/04/17/por-que-o-brasilimporta-combustiveis-se-e-autossuficiente-em-petroleo.htm

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

A SOBREVIVÊNCIA DO PLANETA TERRA

Por THEODIANO BASTOS

É lamentável que OS 3 BILIONÁRIOS QUE DECIDIRAM EXPLORAR O ESPAÇO NÃO UTILIZEM seus talentos para salvar a vida em gaia, a nave mãe terra.

“Um caso inusitado chamou atenção para novas formas de exploração espacial: no início de 2018, a SpaceX, empresa de transporte espacial, enviou um carro para o espaço! O veículo da Tesla tem dono: Elon Musk, empresário sul-africano, proprietário das duas companhias. Esse é apenas um dos bilionários que decidiram se dedicar à exploração do espaço.

Mas, quem são essas pessoas que fundaram empresas privadas e prometem mudar os rumos da exploração espacial? Conheça:

1) Elon Musk

Musk é o fundador, diretor executivo e diretor de tecnologia da empresa SpaceX. A corporação tem feito história: entre suas realizações, estão o primeiro pouso propulsivo de um foguete orbital e sua primeira reutilização, que permite o reuso de peças caríssimas. Ah, não dá pra esquecer: o empresário pretende colonizar Marte!

 2) Jeff Bezos

Você pode não ter escutado o nome, mas, com toda certeza, conhece a empresa fundada por Bezos: a Amazon. Mas, o que isso tem a ver com o espaço sideral? É que ele também criou a Blue Origin, empresa de voo espacial humano com o objetivo de diminuir os riscos e o custo da viagem para fora da Terra. A companhia aeroespacial já fez lançamentos não tripulados bem-sucedidos.

 3) Richard Branson

Você consegue pensar em uma relação entre música e viagem espacial? Branson conseguiu! É por isso que o bilionário britânico incluiu uma empresa do ramo aeroespacial ao seu negócio que começou no mundo musical. A Virgin Galactic desenvolve espaçonaves comerciais para voos turísticos! Você toparia embarcar nessa viagem?”  

COP26: respostas a seis perguntas sobre a Conferência do Clima em Glasgow

Durante duas semanas em novembro, líderes mundiais e negociadores nacionais se reunirão na Escócia para discutir o que fazer a respeito da mudança climática. É um processo complexo que pode ser difícil de entender do lado de fora, mas é como o direito e as instituições internacionais ajudam a resolver problemas que nenhum país pode resolver sozinho, como a questão do clima.                                                              O que é COP26?                                                  Em 1992, os países concordaram com um tratado internacional denominado Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que estabeleceu regras básicas e expectativas para a cooperação global no combate às mudanças climáticas. Foi a primeira vez que a maioria das nações reconheceu formalmente a necessidade de controlar as emissões de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, fator impulsionador das mudanças climáticas. BOLSONARO NÃO IRÁ NA COP-23                                                    Mourão diz que Bolsonaro receberia "pedra" se comparecesse na COP-26 "Ele vai chegar em lugar que todo mundo vai jogar pedra nele? Está uma equipe robusta lá, com capacidade para levar adiante a estratégia de negociação", defendeu o general ao justificar a ausência do chefe do Executivo

https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/os-bilionarios-que-querem-investir-na-exploracao-especial/ - https://projetocolabora.com.br/ods13/cop26-respostas-a-seis-perguntas-sobre-a-conferencia-do-clima-em-glasgow/ e  https://oglobo.globo.com/economia/corrida-espacial-dos-bilionarios-bezos-musk-branson-investem-bilhoes-na-disputa-pela-lideranca-quem-vai-ganhar-25059061

 

 

 

domingo, 10 de outubro de 2021

CRETINOS DIGITAIS

 

por THEODIANO BASTOS

Os jornalistas Ernesto Neves e Caio Saad, publicaram em VEJA de 06/10/21, o excelente texto MENTES NÃO TÃO BRILHANTES, baseado no livro A Fábrica de Cretinos Digitais de Michel Desmurget (https://ver-o-fato.com.br/a-fabrica-de-cretinos-digitais-neurocientista-diz-em-livro-que-qi-de-criancas-hoje-e-inferior-ao-dos-pais/), com a tese de que as crianças de hoje têm o QI inferior aos dos pais.

“O esforço de tentar entender e reverter esse quadro tem sido tema de uma série de estudos e publicações recentes capitaneados por pesos-pesados da área intrigados com o fenômeno. No livro A Fábrica de Cretinos Digitais, que de ser lançado no Brasil, o renomado neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde da França, aponta as baterias de combate ao estado atual de estagnação intelectual para o que afirma ser sua maior causa: o excesso de tempo passado diante da tela dos mais variados aparelhos digitais. A tela, em si, não representa um mal, mas o número de horas despendidas na sua frente é assustador”  

 

BYE-BYE, BRASIL


 Por THEODIANO BASTOS  

Segundo dados do Ministério do Exterior, há 4,2 milhões de brasileiros vivendo longe do país, um aumento de quase 20% sobre o número de 2018. Isso é ainda mais impressionante porque não inclui quem saiu do país de forma ilegal.

Há uma fuga de cérebros e isso preocupa muito.

Estimativas falam em até 50% a mais de gente nessa condição, o que elevaria para acima de 6 milhões o volume da diáspora.

Leonardo Lellis, em artigo publicado em VEJA de 29/9/21, aborda a migração de brasileiros fugindo da violência, radicalismo político e do desemprego.

Reportagem de VEJA trata de uma nova onda migratória brasileira rumo a Portugal, formada por representantes das classes média ou alta, com documentação legal e dinheiro até para desfrutar uma boa vida na nova pátria. Ao contrário de outras levas, o atrativo não são oportunidades de trabalho, mas serviços públicos de boa qualidade e, acima de tudo, a segurança pública. A maioria dos candidatos a emigrante está sintonizada em um ponto-chave: o Brasil, país de oportunidades, está sumindo.”                                                                                                          https://veja.abril.com.br/blog/reveja/bye-bye-brasil-ontem-e-hoje/

O êxodo da América Latina: quando o destino é migrar (https://brasil.elpais.com/brasil/2021/10/10/album/1633872040_203371.html#)