quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

AS DORES DO CRESCIMENTO

Por THEODIANO BASTOS

45 anos depois releio a extraordinária obra de KAREN HORNEY “NEUROSE E DESENVOLVIMENTO HUMANO” que li em 1977 e me detenho no capítulo que trata do Ódio e desprezo por si mesmo, págs. 121 a 168

Ela fala do orgulho neurótico, do voo em busca da glória, da batalha interior.

“A melhor maneira de descrever a situação é falar em termos de duas pessoas: existe a criatura única, ideal, e existe o estranho onipresente (o “eu” verdadeiro), que está sempre se intrometendo, embaraçando e perturbando, o conflito entre ele o estranho”.

Ela cita o poeta alemão Christian Morgenstern que definiu de maneira concisa, a natureza do ódio a si próprio no seu poema (Dores do Crescimento).       

O poeta conseguiu descrever o processo todo em poucas linhas, continua Karen Horney diz que podemos nos odiar com um ódio enervante e tormentoso; um ódio tão destruidor que nada podemos contra ele e que é capaz de nos destruir psiquicamente. E diz mais: afirma que não nos odiamos porque somos indignos, mas porque somos compelidos a ultrapassar os nossos próprios limites. O ódio, diz ele, resulta da discrepância que existe o que poderia ser e o que sou realmente. Não se trata, pois, penas de uma brecha, como falamos, mas de uma guerra cruel e assassina.

“São espantosas a força e a tenacidade do ódio a si próprio, mesmo para o analista, que está familiarizado como seu “modus operandi”, adverte. https://www.google.com/search?q=neurose+e+desenvolvimento+humano%2C+karen+horney&oq=neurose+e+desenvolvimento+humano%2C+karen+horney&aqs=chrome..69i57.16549j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8