domingo, 29 de junho de 2025

Daniel Porcel Bastos entrevistado em Bonn Alemanha pelo Valor Económico

Daniel Porcel Bastos, especialista em políticas climáticas do Intituto Talanoa diz que

“medir o progresso de adaptação do mundo não é uma questão de comparar qual país está melhor se adaptando, mas entender que adaptação é uma questão global. Todos os países precisam se adaptar e mitigar. São questões complementares para se conseguir cumprir a meta de net zero.

Ele lembra que se está a 140 dias da COP30 e o mandato que termina em Belém deve definir o que é a Meta Global de Adaptação. Explica que existem duasquestões que tensionam o debate: “quais são os indicadores que todos os países vão ter que usar, os ‘headlines’, e quais indicadores os países vão poder optar por usar ou não."

Meta global de adaptação ganha corpo em Bonn

Países em desenvolvimento querem que junto aos indicadores existam referências a financiamento, criação de capacidades e transferência de tecnologia. “São entendidos pelos países em desenvolvimento como fundamentais para se conseguir implementar esses indicadores", diz Porcel. Os países ricos, principalmente União Europeia, Austrália e Canadá, recusam essa conexão.

Outro ponto em aberto é que a meta de os países industrializados dobrarem o financiamento para adaptação climática, feita na COP26, em Glasgow, em 2021, visava alcançar US$ 40 bilhões até 2025. Não se sabe se este objetivo foi alcançado. Mas, além de o valor ser irrisório para os países poderem se adaptar à urgência climática, o compromisso termina este ano e não há outro em seu lugar.

Depois de 30 anos discutindo como medir, reduzir e monitorar gases-estufa, em um esforço global conhecido por mitigação, chegou a hora de dar corpo à adaptação aos impactos climáticos. Este pode ser um dos resultados da Pre-COP que acontece em Bonn desde a semana passada e que promete dar frutos em Belém, na COP30. Embora seja um tópico em que todos os países desejam avançar, o nó, como de costume, são os recursos financeiros.

Os países ricos não querem ouvir falar do assunto. O mundo em desenvolvimento estica a corda na direção oposta.

Um grupo de 80 especialistas globais –sendo três brasileiros –formado na Pre - COP em Bonn, de 2024--, mapeou 10 mil indicadores e chegou à reunião deste ano com 490 indicadores globais. São agrupados em sete eixos temáticos –saúde, ecossistemas e biodiversidade, infraestrutura, agricultura, proteção do patrimônio cultural, água e erradicação da pobreza -- e quatro ciclos de políticas de adaptação (planejamento, análise de risco, implementação e monitoramento).

Agora, na Alemanha, os países discutem orientações para que este grupo de especialistas chegue a uma lista de até 100 indicadores globais e a entregue em Belém. Além disso, debatem o Mapa do Caminho de Baku para Adaptação (BAR), como seguir depois da COP30, em Belém, e como implementar.

“As negociações sobre a meta global de adaptação (GGA) são muito importantes nesse momento porque é nessa pauta que podemos, finalmente, refletir sobre a implementação da agenda de adaptação”, diz Thaynah Gutierrez Gomes, consultora para adaptação do Observatório do Clima. “Adaptação diz respeito ao direito à sobrevivência, ao suporte e financiamento para enfrentar a crise climática especialmente para as populações mais vulnerabilizadas dos países mais vulneráveis”, segue.

FONTE: https://valor.globo.com/mundo/noticia/2025/06/26/meta-global-de-adaptacao-ganha-corpo-em-bonn.ghtml

quinta-feira, 26 de junho de 2025

CRIME ORGANIZADO, PCC ATUA EM 28 PAÍSES


                                              Por THEODIANO BASTOS

É preciso asfixiar o sistema, diz Gonet sobre combate ao crime organizado

Gaeco Nacional contra crime organizado

“É onde entra a importância do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras]. Ele recebe comunicações, emite relatórios de inteligência financeira, que são encaminhados ao MP. Esses documentos são essenciais para tomada de decisões imediatas, como bloqueio de contas e abertura de processos investigativos”, explicou.

Segundo o estudo “Lavagem de dinheiro e enfrentamento ao crime organizado no Brasil: reflexões sobre o Coaf em perspectiva comparada”, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Esfera, o número de operações suspeitas comunicadas ao Coaf aumentou 766,6% em nove anos. Em 2015, foram registrados 296.183 alertas. Em 2024, esse número já passava de 2.566.713

As Comunicações de Operações em Espécie também tiveram crescimento exponencial, de 353,6%. Passou de 1.085.986 em 2015 para 4.926.013 em 2024.A mesma proporção se vê no número de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira): subiu de 4.304 em 2015 para 18.762 em 2024.

Procurador-Geral da República diz que travar o capital acaba com a multiplicação de dinheiro que serve para retroalimentar o crime

O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, afirmou nesta quarta-feira (25) que o MPF (Ministério Público Federal) tem como meta asfixiar o crime organizado por meio de medidas que afetem o poder econômico desses grupos.

“Isso [o combate ao crime] será eficaz se asfixiar o sistema. Essas organizações objetivam apenas o lucro maléfico”, durante seminário da Esfera Brasil promovido para discutir o crime organizado no país.

Para Gonet, travar o capital acaba com a multiplicação de dinheiro que serve para retroalimentar o crime.

PGR defende nova estratégia e lança Gaeco Nacional contra crime organizado

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, defendeu uma nova estratégia, mais moderna de combate ao crime organizado, ao participar da abertura do seminário Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro: Novos Mecanismos da Cooperação Internacional, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Promovido em parceria com a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e com o apoio do Programa El Paccto, da União Europeia, o evento marca o início dos trabalhos do Grupo Nacional de Apoio ao Enfrentamento do Crime Organizado do Ministério Público Federal (MPF), o Gaeco Nacional.

"O combate à criminalidade, hoje, não pode usar os métodos que eram empregados para combater o crime de esquina das ruas brasileiras de alguns anos atrás", frisou Gonet. Ele destacou a urgência de fortalecer a atuação conjunta entre países para enfrentar as organizações criminosas transnacionais. Também presente à mesa de abertura, o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, idealizador da medida, destacou a criação do Gaeco Nacional como uma das principais iniciativas do MPF para enfrentar o crime organizado com mais eficácia e alcance. "A atuação de procuradores da República limitada territorialmente tornou-se obsoleta diante da estrutura atual das organizações criminosas, que operam para além das fronteiras nacionais, utilizando redes sofisticadas, criptoativos, comunicação criptografada e corrupção institucional", afirmou.

Delegação ao CNJ Três desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

SAIBA MAIS EMhttps://www.correiobraziliense.com.br/direito-e-justica/2025/06/7183298-pgr-defende-nova-estrategia-e-lanca-gaeco-nacional-contra-crime-organizado.html E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/e-preciso-asfixiar-o-sistema-diz-gonet-sobre-combate-ao-crime-organizado/

quarta-feira, 18 de junho de 2025

DANIEL PORCEL BASTOS ATUANDO EM EVENTO DA ONU EM BONN ALEMANHA

 

Faz discurso em Bonn (que foi capital da antiga Alemanha Ocidental), no Congresso de Mudanças Climáticas realizado pela ONU Organização das Nações Unidas. O evento durou duas semanas.

DANIEL é Formado em Relações Internacionais na UFF Universidade Federal Fluminense e Mestrado na Universidade Complutense de Madrid em Estudos Contemporâneos da América Latina e atua em Brasília pelo Instituto Talanoa, com sede no Rio de Janeiro, mas que atua em todo o Brasil

Institutos são instituições que geram conhecimento e aconselhamento sobre questões públicas, com base em evidências. Eles atuam como um elo entre o conhecimento acadêmico e as políticas públicas.

Para Instituto Talanoa, governos locais não se empenham no combate ao fogo da Amazônia, diz Wendell Andrade, do Talanoa: "Ala moderna do agronegócio precisa se posicionar em relação a ala retrograda que devasta a Amazônia" 

Em entrevista a VEJA, especialista afirma que falta fiscalização na destruição ambiental e no uso do fogo em região agrícola.

Como entra o agronegócio nesse processo de destruição da Amazônia Legal? Pelo menos aqui, em Belém, eu tenho críticas à postura do agro, que não é um setor homogêneo.

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/agenda-verde/para-instituto-talanoa-governos-locais-nao-se-empenham-no-combate-ao-fogo-da-amazonia/ E https://institutotalanoa.org/

terça-feira, 17 de junho de 2025

“Temos 10 milhões de adultos incapazes de ler. Entre os que leem, a maioria não entende o que lê”

                             Os desafios para a educação brasileira são imensos               

                              Por CRISTOVAM BUARQUE

O Brasil tem um consenso sobre a tragédia de sua educação, mas ainda enfrenta quatro grandes discordâncias: sobre as causas desse estrago; suas consequências; as metas que devemos perseguir; e os caminhos para atingi-las. A Unesco nos instala em 72º lugar entre 125 países avaliados; o Pisa, em 57º entre 79 participantes. O país tem cerca de 10 milhões de adultos incapazes de ler. os que leem, a maioria não compreende, interpreta ou analisa o que lê.

Cerca de 100 milhões de brasileiros estão despreparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Soma-se a isso o genocídio intelectual provocado pela brutal desigualdade de oportunidades conforme a renda e o endereço do indivíduo. Não há polêmica quanto ao reconhecimento desse quadro.

Direto ao ponto, e é crucial tê-lo em perspectiva: os problemas estruturais do Brasil — baixa produtividade, pobreza, desigualdade, violência, racismo — são causados, em grande parte, pela baixa qualidade e pela desigualdade da educação de base.

Falta adesão a uma meta ambiciosa que contemple aprender a ler e escrever com rigor; que faça os jovens fluentes em pelo menos um idioma estrangeiro; que autorize o encantamento com as artes e o debate rico em torno de temas de filosofia, política, história e geopolítica. A educação, desde o início, enfim, é o que nos permite indignar-nos diante da pobreza, da desigualdade, Além do consenso com a tragédia, as causas, as consequências, além dos objetivos a serem perseguidos, é preciso superar as divergências sobre como alcançá-los. Muitos acreditam que o Brasil já está no caminho certo e que basta esperar os resultados dos tímidos passos dados ao longo de décadas, por meio de programas como o do Livro Didático, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Pé-de-Meia e a Base Nacional Comum Curricular, entre outros.

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/cristovam-buarque/consenso-e-discordancias/ - Publicado em VEJA de 13 de junho de 2025, edição nº 2948

 

domingo, 15 de junho de 2025

EPIDEMIA DE SOLIDÃO

 



Por THEODIANO BASTOS

Dizer que tem 200, 500 "amigos" no Facebook é pura ilusão.

A "epidemia de solidão" refere-se ao crescente fenômeno de pessoas que vivenciam um sentimento constante de isolamento social e desconexão emocional, mesmo em ambientes com muitas interações. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a solidão uma ameaça à saúde pública e criou uma comissão internacional para promover soluções para o problema, pois estudos revelam que, além do impacto mental, a sensação de estar só está associada a doenças cardiovasculares, metabólicas e à mortalidade precoce

'Há uma epidemia de solidão porque não nos atrevemos a passar tempo com os outros sem fazer nada'

Em maio de 2023, o cirurgião-geral dos Estados Unidos divulgou um relatório sobre uma epidemia que cresceu silenciosamente no país durante décadas.

Vivek Murthy declarou que os americanos se sentem solitários, muito mais do que o habitual, e isso representa uma ameaça ao bem-estar físico e emocional, além de ser um enorme problema de saúde pública.

"O impacto na mortalidade de estar socialmente desconectado é semelhante ao de fumar 15 cigarros por dia", comparou o médico, que tem como função ser o principal porta-voz dos problemas de saúde do país e também dirigir um corpo de médicos do Exército norte-americano.

Vários estudos apoiam as conclusões de Murthy, embora os resultados ainda sofram variações.

O mesmo documento partilhado pelo médico aponta que, de 2003 a 2020, o isolamento social médio entre os cidadãos cresceu de 142 horas mensais para 166, o que representa um aumento de 24 horas na média.

Os mais afetados por esta tendência são os jovens, cujo tempo com os amigos foi reduzido em 70% nas últimas duas décadas.

Já a seguradora Cigna, num levantamento independente publicado em 2020, indica que três em cada cinco americanos "estão sozinhos".

O problema não diz respeito apenas aos EUA. Outras regiões do mundo, como a América Latina, também são afetadas pela solidão. Uma pesquisa realizada pela consultoria Ipsos em 2020, em que a empresa escolheu aleatoriamente cinco países latino-americanos nos quais entrevistou mais de 15 mil pessoas, revelou que, no Brasil, 36% dos entrevistados disseram se sentir sozinhos. No Peru, a taxa ficou em 32%.

Na sequência do ranking, aparecem Chile (30%), México (25%) e Argentina (25%).

A situação, que pode ser arrasadora, está associada a um "risco aumentado de doenças cardiovasculares, demência, acidente vascular cerebral (AVC), depressão, ansiedade e morte prematura", afirmou Murthy.

Embora os especialistas afirmem que a pandemia de covid-19 teve um enorme impacto no sentimento de solidão, devido ao isolamento social, o fenômeno começou muito antes e está relacionado ao desenvolvimento da tecnologia. Essa é a visão de Sheila Liming, professora do Champlain College, em Vermont, Estados Unidos.

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cl7x1w17q1vo -https://www.google.com/search?q=epidemia+de+solid%C3%A3o&oq=epidemia+de+solid%C3%A3o&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyCQgAEEUYORiABDIHCAEQABiABDIHCAIQABiABDIICAMQABgWGB4yCggEEAAYgAQYogQyBwgFEAAY7wUyBggGEEUYPTIGCAcQRRg90gEJMTM3MDBqMGo3qAIAsAIA&sourceid=chrome&ie=UTF-8

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O QUE FAZ UM CASAL DURAR, 3 COMPONENTES QUE NÃO PODEM FALTAR

 

O que um casal deve ter para durar?

Muiño é baseado no triângulo amoroso de Robert Sternberg , um psicólogo que passou uma década pesquisando as chaves para relacionamentos bem-sucedidos. Este triângulo tem três vértices fundamentais:

  • Intimidade: deixe seu parceiro ser seu melhor amigo. Deixe que ele possa ficar em silêncio com você e se sentir bem.
  • Paixão: atratividade, erotismo, mas também abraços, contato, desejo constante. Não apenas sexo.
  • Compromisso: a ideia de ter planos conjuntos, de olhar na mesma direção, de querer ser iguais quando crescermos.

— Se faltar alguma dessas três pernas, o que resta pode ser outra coisa, mas não um par — conclui categoricamente.

O psicólogo Luis Muiño também desmistifica os mitos do amor romântico que ainda regem relacionamentos: vício, possessão, idealização

O amor é a maior causa da consulta psicológica. É o que afirma Luis Muiño, psicólogo, escritor e divulgador. Segundo ele, 90% das pessoas que procuram terapia o fazem por problemas amorosos. Embora possa ser difícil de aceitar, o amor — essa força tão frequentemente celebrada como sublime — também é a principal fonte de sofrimento emocional na maioria das terapias. E se isso acontece, diz ele, é porque estamos presos a uma forma de amar que vem do século XIX e continuamos repetindo-a como se fosse atual.

Muiño desmantela sem rodeios os pilares do amor romântico tradicional . Ele o define como um modelo baseado em vício, possessão e idealização . Essas três características, longe de serem ingredientes de um relacionamento saudável, muitas vezes levam a relacionamentos tóxicos, dependentes e, naturalmente, decepcionantes.

Continuamos a funcionar exatamente da mesma forma que no Paleolítico, se acordo com ele, referindo-se a como nossos hormônios – dopamina, oxitocina – eram os mesmos que nos mantinham na caverna com nosso parceiro, mesmo que fosse insuportável, porque tigres dentes-de-sabre estavam à espreita lá fora.

Eles nos levam a nos conectar de uma forma muito irracional e automática, mesmo quando a realidade atual exige algo diferente. Muiño explica que se apaixonar atua como um “narcótico interno”, ativando mecanismos cerebrais que nos fazem ver a outra pessoa não como ela é, mas como queremos que ela seja. Isso inclui preconceitos como o “efeito halo”, que leva as pessoas a inferir qualidades inexistentes a partir de uma única virtude percebida.

— Apaixonar-se faz com que você se concentre apenas no que gosta na outra pessoa. Você não pergunta sobre o resto — observa.

Esse mecanismo, se não for desativado a tempo, pode levar ao que chamamos de “custo irrecuperável”, razão pela qual muitas pessoas permanecem em relacionamentos sem futuro simplesmente pelo esforço investido.

Muiño ressalta que muitas de nossas ideias sobre o amor são contaminadas por histórias fictícias que exaltam o sofrimento como parte do relacionamento. Algo semelhante acontece com o mito da cara-metade, que ele considera destrutivo.

O mito, que vem de uma história de Aristófanes retomada por Platão em O Simpósio, afirma que os humanos eram originalmente seres completos, mas os deuses – incomodados com nosso poder – nos dividiram em duas metades. Desde então, buscamos nos reconectar com “nossa outra metade”.

Por trás dessa ideia romântica existe uma concepção de amor baseada na fusão, na dependência e na expectativa de que a outra pessoa se encaixe perfeitamente em nossas deficiências. Mas isso, diz Muiño, não é abertura, é constrição. É uma fantasia que elimina a possibilidade da outra pessoa ser quem realmente é.

— O mito da cara-metade destrói algo essencial para o amor consciente: a atenção plena. Se você busca a cara-metade, você está projetando. Você não está enxergando a outra pessoa — argumenta o psicanalista. Acredito que o amor não deve nos complementar. Pelo contrário, deve nos fraturar um pouco. Criar um pequeno buraco em nós por onde o outro possa entrar.  

FONTE: https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/06/01/o-que-faz-um-casal-durar-3-componentes-que-nao-podem-faltar-segundo-especialista.ghtml

terça-feira, 20 de maio de 2025

CAIO MARTINS, 16 ANOS, UM DOS MAIS INTELIGENTES DO MUNDO

 

Por THEODIANO BASTOS 

O jovem estudante Caio Martins Temponi do Valle, de apenas 16 anos, já é considerado um dos 100 prodígios de todo o mundo em 2025. O garoto, natural de Juiz de Fora (MG), foi indicado para participar do 'Global Child Prodigy Awards 2025' - Prêmio Global de Jovens Prodígios, em tradução livre. O evento, organizado pela Charles Group, ocorre em 26 de junho de 2025, em Londres, capital da Inglaterra. 

Esta é a terceira vez que Caio recebe reconhecimento internacional. Nas outras duas, participou do Notables USA e Notable Brazilian Awards. A segunda premiação diz respeito ao reconhecimento dos feitos de brasileiros nos Estados Unidos. Ele foi premiado como o brasileiro mais jovem conseguir mais aprovações em vestibulares.

Para ele, a indicação é um motivo de satisfação enorme. "Este será o terceiro prêmio que consigo no âmbito internacional, na área da educação. É uma recompensa enorme, por todo o estudo, toda a dedicação através de todos esses anos", salientou Caio, ao Correio.

"Todos os momentos de esforço estão valendo a pena. Posso afirmar isso por conta dos prêmios, dos reconhecimentos que tenho recebido. A mensagem é a da dedicação, que trouxe tantos resultados", acrescentou. 

A mãe do prodígio, Laurismara, afirma que a inscrição para participar do prêmio foi feita ainda em 2023. O evento, que ocorre a cada três anos, aceitou a indicação no ano vigente. "Para a nossa felicidade, o resultado de que ele foi premiado saiu", relatou.

"É uma alegria enorme, ver que todo o esforço valeu a pena. Hoje, ele colhe os frutos. Nós sabemos que, muitas vezes, estudar tanto é cansativo. Apesar disso, ele sempre se esforçou com muito amor, no tempo dele. É isso que ele sempre fez muito bem feito", complementou. 

Futuro e leque de conquistas

Caio soma 18 aprovações em vestibulares do país. Além de ter passado em primeiro lugar para cursos como administração, engenharia, educação física, direito e medicina, se tornou no mais jovem a ser aprovado para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

É, também, membro de quatro sociedades diferentes de alto QI, e medalhista de ouro em uma Olimpíada Internacional de Matemática. O mineiro, inclusive, chegou a ser aprovado para o curso de direito na Universidade de Brasília (UnB), mas optou pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Além disso, ele cursa matemática na Uniasselvi, a distância.

Para o futuro, deseja se tornar em um juiz. "Desde pequeno carrego esse sonho comigo. Venho me dedicando muito nessa jornada, estudando bastante. Desde o primeiro período da faculdade me preparo. A meta é continuar nesse caminho, para conseguir, se Deus quiser, alcançar esse objetivo em alguns anos", explica. 

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/educacao-basica/2025/05/7150102-jovem-estudante-de-16-anos-e-indicado-a-premio-global-de-prodigios-na-inglaterra.html#:~:text=O%20jovem%20estudante%20Caio%20Martins,Jovens%20Prod%C3%ADgios%2C%20em%20tradu%C3%A7%C3%A3o%20livre. -https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/educacao-basica/2025/05/7150102-jovem-estudante-de-16-anos-e-indicado-a-premio-global-de-prodigios-na-inglaterra.html