quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Telemedicina pode detectar a COVID-19 antes dos sintomas

 

Telemedicina pode detectar a COVID-19 antes dos sintomas

Projeto da Universidade Federal do Espírito Santo desenvolve Assistente Médico Portátil Integrado para monitoramento de pacientes

Um Assistente Médico Portátil Integrado (AMPI) capaz de ajudar no diagnóstico da COVID-19. Essa é a proposta de um dos projetos da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) selecionados para o Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo Edital nº 12/2020. Por meio da telemedicina, o AMPI fará medição de batimentos                 

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cardíacos, pressão arterial, nível de saturação de oxigênio e temperatura corpórea.

Teodiano Freire Bastos Filho, representante do projeto, contou que o estudo pretende usar algoritmos de inteligência artificial a partir de uma rede neural de aprendizagem profunda – Deep Learning – nos dados obtidos do usuário. Assim, a infecção será detectada antes de os sintomas se manifestarem, permitindo ao paciente a tomada imediata de precauções, como o isolamento e o atendimento médico para os exames clínicos.

O professor ressaltou a importância da aferição da tensão arterial no diagnóstico, já que “a hipertensão é a principal causa de morte cardiovascular, um dos fatores de risco para pacientes com a COVID-19”. Freire explicou que o nível de oxigênio está associado à dificuldade em respirar e à falta de ar, relatadas pelos pacientes com casos mais graves da doença causada pelo novo vírus corona. Finalmente, a medição da temperatura, que permite a detecção de febre, outro dos sintomas mais frequentes.

O trabalho também vai buscar soluções de baixo custo para o AMPI, melhorando técnicas de monitoramento já desenvolvidas pelos grupos de pesquisa que integram a equipe, como o sensoriamento de Robótica e Tecnologia Assistiva. Este processo estima a pressão arterial e a frequência cardíaca por sinais de rPPG (Fotopletismografia Remota) – uma tecnologia similar a dos oxímetros de pulso ou dedo que usam luzes vermelhas e infravermelhas – agora, usando as câmeras dos smartphones.

Outra solução apontada pelo projeto é o uso de fibras ópticas integradas diretamente sobre têxteis. Aproveitando a experiência do Grupo de Pesquisa em Telecomunicações, a intenção será  desenvolver um tecido inteligente, no qual a roupa do usuário servirá como sensor para vários parâmetros.

Programa Combate a Epidemias
É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O Programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.

Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.

http://www.capes.gov.br/36-noticias/10489-telemedicina-pode-detectar-a-covid-19-antes-dos-sintomas

 

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