sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

OPERAÇÃO CONDOR E DOI-CODE, O QUE FORAM

 

Complexo do DOI-Codi na Rua Tutoia, 921. Um dos prédios, hoje, é ocupado por uma delegacia. Pesquisadores lutam para transformar edifício destinado a torturas em um memorial (Sérgio Sade/Editora Abril. 

Por THEODIANO BASTOS Vivenciei todo esse horror

A Operação Condor foi um plano coordenado das ditaduras do Cone Sul para perseguir, assassinar e torturar dissidentes políticos sem nenhuma fronteira de contenção, desde mediados da década de 70 até o princípio dos anos 80. Com o apoio velado dos Estados Unidos.

Entre as ações da Operação Condor que se destacaram, está o assassinato do diplomata chileno Orlando Letelier, que aconteceu em 21 de setembro de 1976, em Washington. Essa ação foi orquestrada pela Diretoria de Inteligência Nacional (DINA), política secreta do Chile à época de Pinochet.

Outra ação bem conhecida da Operação Condor foi o sequestro do major Joaquim Pires Cerveira, membro da Frente de Libertação Nacional (FLN) – organização que havia planejado e sequestrado o embaixador da Alemanha Ocidental em 1970, no Rio de Janeiro – e de João Batista Rita Pereda, também revolucionário partícipe da luta armada. O sequestro de ambos ocorreu em Buenos Aires, em ação conjunta entre as polícias brasileira e argentina. Ambos foram dados como desaparecidos e seus corpos nunca foram descobertos.

 Operação Condor: banco de dados revela 805 perseguidos nas ditaduras sul-americanas ::

A Operação Condor, formalizada em reunião secreta realizada em Santiago do Chile no final de outubro de 1975, é o nome que foi dado à aliança entre as ditaduras instaladas nos países do Cone Sul a partir da segunda metade da década de 1970. Entre esses países estavam Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Brasil, à época em que neles prevaleciam regimes políticos comandados por militares.

O objetivo da operação foi debelar estruturas de organizações político-revolucionárias de orientação comunista a partir do compartilhamento de informações dos sistemas de inteligência e da ação conjunta das forças de repressão desses países. Para isso realizava atividades coordenadas, de forma clandestina e à margem da lei, a fim de vigiar, sequestrar, torturar, assassinar e fazer desaparecer militantes políticos que faziam oposição, armada ou não, aos regimes militares da região. 

DOI-CODI

O Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna foi um órgão subordinado ao Exército, de inteligência e repressão do governo brasileiro durante a ditadura que se seguiu ao golpe militar de 1964.

O SNI foi instituído pela Lei Nº 4.341, de 13 de junho de 1964. Seu Artigo 1º dizia: “É criado, como órgão da Presidência da República, o Serviço Nacional de Informações (SNI), o qual, para os assuntos atinentes à Segurança Nacional, operará também em proveito do Conselho de Segurança Arqueologia da tortura: escavações do DOI-Codi tiram passado a limpo

CIEx era o serviço de inteligência do Exército Brasileiro (EB) é o Sistema de Inteligência do Exército (SIEx), que tem como órgão central o Centro de Inteligência do Exército

CENIMAR era um órgão da Marinha do Brasil que tinha o objetivo de obter informações de interesse para o Estado durante a Ditadura Militar

CIAER era o Centro de Inteligência da Aeronáutica,  serviço de inteligência da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele fazia parte do Sistema Brasileiro de Inteligência e do Sistema de Inteligência de Defesa. 

As escavações aconteceram no mês de aniversário da Lei da Anistia e buscam transformar prédio histórico em memorial

Há 44 anos, em 28 de agosto de 1979, promulgava-se a Lei da Anistia, fundamental para o fim da ditadura militar brasileira e o início da redemocratização. A data será lembrada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que participará, até 1° de setembro, da Semana da Democracia e Anistia, com uma série de iniciativas que tem como objetivo propiciar o debate e a reflexão sobre o período de exceção e relembrar a trajetória dos perseguidos pelo regime. Meta semelhante também foi compartilhada pelo primeiro esforço de escavação de um dos maiores marcos do regime militar, o DOI-Codi, que aconteceu na primeira quinzena deste mês. 

DITADURA NUNCA MAIS                    SAIBA MAIS EM: https://www.google.com/search?q=operacao+condor+como+era&oq=operacao+condor+como+era&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTM2MTY5ajBqNKgCDrACAfEFi4UmQhR-eFA&client=ms-android-samsung-ss&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8 E https://veja.abril.com.br/brasil/arqueologia-da-tortura-escavacoes-do-doi-codi-tiram-passado-a-limpo

Nenhum comentário:

Postar um comentário