Complexo do DOI-Codi na Rua Tutoia, 921. Um dos prédios, hoje, é ocupado por uma delegacia. Pesquisadores lutam para transformar edifício destinado a torturas em um memorial (Sérgio Sade/Editora Abril.
Por THEODIANO BASTOS Vivenciei todo esse horror
A Operação Condor foi um plano coordenado das
ditaduras do Cone Sul para perseguir, assassinar e torturar dissidentes
políticos sem nenhuma fronteira de contenção, desde mediados da década de 70
até o princípio dos anos 80. Com o apoio velado dos Estados Unidos.
Entre as ações da Operação Condor que se destacaram,
está o assassinato do diplomata chileno Orlando Letelier, que aconteceu em
21 de setembro de 1976, em Washington. Essa ação foi orquestrada pela Diretoria
de Inteligência Nacional (DINA), política secreta do Chile à época de Pinochet.
Outra ação bem conhecida da Operação Condor foi o
sequestro do major Joaquim Pires Cerveira, membro da Frente de Libertação
Nacional (FLN) – organização que havia planejado e sequestrado o embaixador da
Alemanha Ocidental em 1970, no Rio de Janeiro – e de João Batista Rita Pereda,
também revolucionário partícipe da luta armada. O sequestro de ambos ocorreu em
Buenos Aires, em ação conjunta entre as polícias brasileira e argentina. Ambos
foram dados como desaparecidos e seus corpos nunca foram descobertos.
Operação
Condor: banco de dados revela 805 perseguidos nas ditaduras sul-americanas ::
A Operação Condor, formalizada em reunião secreta
realizada em Santiago do Chile no final de outubro de 1975, é o nome que foi
dado à aliança entre as ditaduras instaladas nos países do Cone Sul a partir da
segunda metade da década de 1970. Entre esses países estavam
Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Brasil, à época em que neles
prevaleciam regimes políticos comandados por militares.
O objetivo da operação foi debelar estruturas de
organizações político-revolucionárias de orientação comunista a partir do
compartilhamento de informações dos sistemas de inteligência e da ação conjunta
das forças de repressão desses países. Para isso realizava atividades
coordenadas, de forma clandestina e à margem da lei, a fim de vigiar,
sequestrar, torturar, assassinar e fazer desaparecer militantes políticos que
faziam oposição, armada ou não, aos regimes militares da região.
DOI-CODI
O Destacamento de Operações de Informações - Centro
de Operações de Defesa Interna foi um órgão subordinado ao Exército, de
inteligência e repressão do governo brasileiro durante a ditadura que se seguiu
ao golpe militar de 1964.
O SNI foi instituído pela Lei Nº 4.341, de 13 de
junho de 1964. Seu Artigo 1º dizia: “É criado, como órgão da
Presidência da República, o Serviço Nacional de Informações (SNI), o
qual, para os assuntos atinentes à Segurança Nacional, operará também em
proveito do Conselho de Segurança Arqueologia da tortura: escavações do
DOI-Codi tiram passado a limpo
CIEx era o serviço de
inteligência do Exército Brasileiro (EB) é o Sistema de Inteligência do
Exército (SIEx), que tem como órgão central o Centro de Inteligência do Exército
CENIMAR era um órgão da Marinha do Brasil que
tinha o objetivo de obter informações de interesse para o Estado durante a
Ditadura Militar
CIAER
era o Centro de Inteligência da Aeronáutica, serviço de inteligência da Força Aérea
Brasileira (FAB). Ele fazia parte do Sistema Brasileiro de Inteligência e
do Sistema de Inteligência de Defesa.
As escavações aconteceram no mês de
aniversário da Lei da Anistia e buscam transformar prédio histórico em memorial
Há 44 anos, em 28 de agosto de 1979, promulgava-se a
Lei da Anistia, fundamental para o fim da ditadura militar brasileira e o
início da redemocratização. A data será lembrada pelo Ministério dos Direitos Humanos
e da Cidadania, que participará, até 1° de setembro, da Semana da Democracia e
Anistia, com uma série de iniciativas que tem como objetivo propiciar o debate
e a reflexão sobre o período de exceção e relembrar a trajetória dos
perseguidos pelo regime. Meta semelhante também foi compartilhada pelo primeiro
esforço de escavação de um dos maiores marcos do regime militar, o DOI-Codi,
que aconteceu na primeira quinzena deste mês.
DITADURA NUNCA MAIS SAIBA
MAIS EM: https://www.google.com/search?q=operacao+condor+como+era&oq=operacao+condor+como+era&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTM2MTY5ajBqNKgCDrACAfEFi4UmQhR-eFA&client=ms-android-samsung-ss&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8
E https://veja.abril.com.br/brasil/arqueologia-da-tortura-escavacoes-do-doi-codi-tiram-passado-a-limpo
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