Professor dos Programas de Pós-Graduação em
Engenharia Elétrica / Biotecnologia: Linhas de Pesquisa em Engenharia
Biomédica, Processamento de Sinais / Robótica, Controle e Automação /
Bioinformática
Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1C do CNPq
Membro do Comitê Permanente de Internacionalização
(Secretaria de Relações Internacionais) Vitória/ES, Brasil
Demostra a técnica de neurorreabilitação para pacientes que sofrem com AVC crônico. Levou os equipame3ntos para ensinar o uso na técnica de neurorreabilitação para mitigar os danos nos pacientes com AVC crônico na Sociedade Panamenha de Engenharia Biomédica, na Cidade do Panamá, onde ficará por 20 dias.
Na Universidad Latinoamericana do Panamá serão instalados os equipamentos para as aulas práticas.
A Universidade Latino-Americana do
Panamá é uma instituição privada de ensino superior fundada em 1972. É
considerada uma das instituições de ensino mais prestigiadas do Panamá. Tem
13.500 alunos, 105 programas e 5 sedes
Atualmente é constituída por
associados biomédicos ativos a nível nacional, que tem como principal objetivo
continuar a promover e promover a Engenharia Biomédica no nosso país.
Com
sede na UFRJ Rio de Janeiro, foi fundada a Sociedade Brasileira de Engenharia
Biomédica (SBEB).
Dados da Federação Mundial do AVC indicam que 13,7
milhões de pessoas sofrem Acidente Vascular Cerebral (AVC) a cada ano. As
sequelas que permanecem podem alterar o quadro clínico para um AVC crônico.
Nesse contexto, os pesquisadores do Laboratório de Robótica e Tecnologia
Assistiva (LRTA) da Ufes desenvolveram uma técnica que usa a imaginação e
dispositivos robóticos para ajudar os pacientes a recuperar seus movimentos.
O estudo utiliza sensores eletrônicos que, acoplados
à cabeça do paciente, coletam sinais cerebrais gerados pelo ato de imaginar
determinado movimento (eletroencefalograma). Os sinais captados induzem o
movimento aos membros afetados pelo AVC por meio de um suporte robótico
(exoesqueleto). Ao repetir muitas vezes essa atividade de imaginar o movimento
e ter sua reprodução através do exoesqueleto, o cérebro então consegue
encontrar caminhos alternativos que façam esse membro voltar a se mover.
O professor do
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Biotecnologia da Ufes e
orientador da pesquisa, Teodiano Bastos Filho, explica que em
geral o AVC danifica uma área do cérebro responsável por funções motoras. A
ideia consiste em estimular o cérebro a buscar outra área cerebral para voltar
a controlar os movimentos. Para estimular a imaginação, a pesquisa conta com
estímulos visuais proporcionados por um sistema de realidade virtual 2D. A tal
modelo de tratamento se atribui o nome de neurorreabilitação.
“O diferencial da terapia é o uso da imaginação do
movimento para recuperá-lo. Antes de um movimento ser executado, a mente humana
o imagina. No caso das pessoas que sofreram AVC, essa imaginação ocorre
normalmente, mas o membro é incapaz de realizar o comando. O que a gente faz
para prender a atenção da pessoa de forma muito efetiva é, por exemplo, exibir
na tela do computador alguém pegando um copo e bebendo água”, detalha o
professor.
Movimentos complexos
Outra inovação é o trabalho com movimentos complexos
visando a um alto grau de melhora dos pacientes. Esses movimentos são
justamente aqueles presentes na vida diária, como o ato de se alimentar. Ao
explorar a imaginação desses movimentos mais complexos, observou-se melhora
ainda mais rápida no processo de reabilitação.
“Na literatura já há muitos estudos sobre a imagética
motora simples, o movimento da mão simples, mas com esses movimentos não se
exige tanto. Então, na pesquisa a pessoa tem que imaginar alcançar um copo com
a mão, agarrá-lo e levá-lo até a boca, simulando que bebe alguma coisa e depois
retornar o copo e a mão para as posições iniciais”, declara o estudante e
pesquisador Cristian Mendez, orientado
pelo professor Teodiano Bastos Filho.
Metodologia e resultados
O Prof.
Teodiano Filho pondera
que a técnica de eletroencefalografia (EEG) com eletrodos para captar sinais
elétricos do cérebro já é conhecida e usada pelos neurologistas para
diagnosticar a epilepsia, por exemplo. Mas frisa que o diferencial da pesquisa
é o uso do EEG para identificar a imaginação motora, sendo que o grupo de
pesquisa obteve uma taxa de acerto na detecção desses sinais da ordem de 97%.
Esse resultado promove as condições necessárias para o funcionamento da
neuroplasticidade, capacidade do sistema nervoso central de se adaptar às novas
circunstâncias.
Ainda utilizando os sinais cerebrais provindos da
imaginação, o professor atua em outra pesquisa voltada à neurorreabilitação do
movimento dos membros inferiores. Ele explica que, em certos casos, há até a
aplicação de toxina botulínica (botox) no membro afetado, pois, devido ao AVC
crônico, o membro acaba ficando rígido, não permitindo que o exoesqueleto
realize o movimento induzido.
“A aplicação do botox então diminui a rigidez
muscular (espasticidade), relaxando os músculos, e a pessoa consegue, por
exemplo, abrir uma mão ou mover uma perna com a ajuda robótica (exoesqueleto).
São resultados muito significativos, porque os pacientes pós-AVC, ao serem
levados ao Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila
Velha, na fase aguda, levam de dois a três meses para demonstrar alguma
melhora. Com nossos pacientes, esse tempo foi reduzido para duas a três
semanas”, frisa o professor.
Texto: Ghenis Carlos (bolsista) Edição: Sueli
de Freitas com colaboração de THEODIANO BASTOS
FONTE: https://www.ufes.br/conteudo/pesquisa-propoe-tecnica-de-neurorreabilitacao-para-pacientes-que-sofrem-com-avc-cronico
https://www.apibiomedica.com/historia-apib
E https://teodianobastoslab.net/
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