quarta-feira, 31 de julho de 2024

FRONTEIRA OSCILANTE, LOUCURA E SANIDADE, AMOR E ÓDIO

 

                                                          Salvador Dali

Por THEODIANO BASTOS

Foi na década de 60 que li OS SERTÕES de Euclides da Cunha, citou Henry Maudsley, um psiquiatra inglês. Ele foi pioneiro da psiquiatria, com importantes contribuições para a noção de responsabilidade penal e conceito de Sociopatia, aliás defendia exatamente a noção de irresponsabilidade, insensibilidade ou imbecilidade moral, sem nenhuma outra alteração das faculdades mentais observadas em alguns infratores o conduziu à noção de "determinação genética" denominada por ele como tirania de organização analisar a personalidade de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos (1896 a 1897).

Todo brasileiro deveria ler BANDEIRANTES E PIONEIROS de Vianna Moog e OS SERTÕES de Euclides da Cunha.

É muito tênue a fronteira entre a loucura e a sanidade e às vezes se chora de felicidade, o policiar que raciocina igual ao criminoso, “não sei o que temo mais; se o ódio de um homem ou a paixão de uma mulher”.

A linha entre loucura e genialidade é mais tênue do que se imaginava

VIDAS ERRANTES ENTRE A LOUCURA E A CRIMINALIDADE

"Só os loucos sabem" é mais do que frase de Facebook

Matemático, esquizofrênico e paranoico, John Forbes Nash é um gênio. Reconhecido mundialmente por ganhar o Nobel de matemática, o estudioso também acredita que aliens o recrutaram para salvar o mundo. E sobre isso, Forbes disse: “As minhas ideias sobrenaturais vieram da mesma maneira que as matemáticas. Por isso, decidi levar as duas igualmente a sério”.

E Nash está longe de ser o único gênio “louco” da história. Vincent Van Gogh, Virginia Woolf e Ernest Hemingway são apenas alguns exemplos de pessoas geniais que sofriam de doenças psicológicas. Exatamente por isso, muitos pensaram durante anos que a criatividade estava estritamente relacionada à psicopatologia.

Porém, psicólogos vêm afirmando que essa constatação pode ser um engano. Para eles, há dois fatos que reforçam o contraponto: há inúmeros gênios “normais” na história da humanidade; e manicômios não costumam produzir grandes finalidades criativas.

Então a ligação existe ou não? Estudos empíricos afirmam que sim, a genialidade possui uma forte relação com a loucura. O mais importante processo entre elas é a desinibição cognitiva: a tendência de prestar atenção a coisas que normalmente seriam ignoradas ou filtradas por parecerem irrelevantes.

Esse tipo de percepção foi o que motivou Alexander Fleming a descobrir a penicilina e muitos outros exemplos. O mesmo serve para o campo artístico, que normalmente valoriza as “coisas mundanas” e dá protagonismo à rotina, muito retratada na literatura, no cinema, na música, etc.

Contudo, a desinibição cognitiva é associada às patologias psicológicas. Por exemplo, esquizofrênicos acabam se bombardeando com informações que talvez pudessem ser “filtradas”. E segundo uma pesquisadora de Harvard, essa é uma diferença essencial entre os gênios e os “loucos”: agregar à sua máxima inteligência o conceito de desinibição.

“Inteligência excepcional pode ser útil, mas sem a cognição ela não consegue ser original e surpreendente”, conta Shelly Carson. Para ela, pessoas com QI elevado nem sempre são capazes de produções geniais.

As pessoas criativas, no entanto, caminham entre o normal e anormal, encontrando impulsos e ideias capazes de gerar conteúdos diferenciados. Como o matemático John Forbes Nash disse: “A racionalidade do pensamento impõe um limite na relação das pessoas com seus cosmos”.

SAIBA MAIS EM: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/linha-entre-loucura-e-genialidade-e-mais-tenue-do-que-se-imaginava.html

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