quarta-feira, 25 de março de 2020

QUANDO AGOSTO CHEGAR...



Por Mateus Bandeira
O mundo vai crescer menos em 2020, não há dúvida. O que devemos nos perguntar, nestes tempos em que o vírus do pânico, da desinformação e da obstrução do debate se alastra, é o que nos assusta mais. As perdas humanas pelo coronavírus, que vai durar algumas semanas, ou as mortes, quebradeiras e desempregados pela recessão, que podem durar anos?
Mateus Bandeira foi CEO da Falconi, presidente do Banrisul, secretário de Planejamento do RS e candidato ao governo gaúcho
Se exercermos duas qualidades que considero intrínsecas ao ser humano, a honestidade e racionalidade, ajudaremos a responder uma das perguntas cruciais nestes tempos de coronavírus. O que causará mais mortes e mais prejuízos: o vírus ou a iminente crise econômica?
Da resposta rápida dependerão as decisões que governantes em todo o mundo têm que tomar nos próximos dias. Para encontrá-la, fundamental buscarmos sem medo as informações que, ao contrário do novo coronavírus, não estão circulando.
O vírus fala mandarim
Sem receio do patrulhamento, comecemos pela origem. O vírus não é italiano, não é brasileiro. O vírus é chinês, como tem repetido o presidente dos EUA, Donald Trump, apesar da patrulha do politicamente correto.
Assim como a crise econômica de 2008 nasceu nos EUA, a partir da bolha imobiliária, o coronavírus, até que se prove o contrário, originou-se na China. Esta não é questão de somenos importância.
Ora, assim como compreenderemos melhor a estrutura da matéria a partir da física quântica, na busca incessante da ciência para chegar à partícula mínima, precisamos saber a origem do microinimigo. "Se não descobrirmos o que falhou na China podemos enfrentar outra pandemia desastrosa no futuro", ponderou Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA.
A crise de 2008, a partir da quebra do Lehman Brothers, foi exaustivamente estudada, pois suas consequências ultrapassaram, e muito, as fronteiras norte-americanas. Igualmente o vírus chinês merece análise de igual ou maior amplitude. Saber a origem das coisas é um princípio elementar da ciência.
Comprou por quê? Por que comprou?
A falta de informação e do uso da lógica para administrar os dados disponíveis, aliás, provocou uma nova crise. Parece que não é permitido questionar, apenas repetir o mantra: fique em casa.
Poucos gestos exemplificam melhor a irracionalidade instalada do que a compra para estocagem doméstica de papel higiênico. Não estamos nos tempos do cólera, então por que estocar o produto? Perguntadas, as pessoas não sabem responder.
Ou seja, vivemos momentos de pânico. Pânico, de acordo com o Aurélio, é o "que assusta sem motivo". Portanto, péssimo conselheiro. A desinformação e a obstrução aos questionamentos legítimos alimentam esta irracionalidade.
Se velhos e doentes são o alvo...
Vale a pena, então, rever o que se sabe neste momento. A China, especialmente Wuhan, mostrou que o vírus não é invencível.
A Coreia do Sul e o Japão demonstraram que é possível evitar a escalada geométrica do contágio. E a Itália, até aqui recordista de fatalidades, o que nos ensina?
Busquemos os dados oficiais do Ministério da Saúde italiano de 17 de março último. Primeiro, as mortes se concentraram na Lombardia (71,1% do total no País), que demorou a adotar as medidas preventivas, apesar do alerta vindo da China e do rigoroso inverno europeu sugerirem precaução.
Na Itália, a idade média dos mortos pela covid-19 foi de 79,5 anos (homens) e 83,7 anos (mulheres). Apenas 30% das vítimas eram mulheres.
Em média, as vítimas já tinham 2,7 outras enfermidades graves, como câncer, diabetes ou doenças cardíacas. Até esta data (última terça), somente 5 mortos tinham menos de 40 anos, sendo que todos eram homens e tinham doenças graves anteriores. Ninguém com menos 30 anos morreu.
Os dados disponíveis no Brasil e nos EUA indicam quadro semelhante. O perfil da pessoa vulnerável é o de idosos e com doenças graves - gente perfeitamente identificável.
... que tal cuidar dos velhinhos?
Sabe-se, também, que a covid-19 tem um pico e, depois, uma queda. Quem bem explica isto é o médico e deputado federal Osmar Terra.
Terra foi secretário de saúde do Rio Grande do Sul na crise de outro vírus letal, o H1N1. Ele explica que a contaminação vai crescer até atingir mais de metade da população, quando, então, as mortes começarão a decrescer.
"A epidemia vai diminuir quando a maioria estiver contaminada", explica ele. Por este processo natural, Terra não vê necessidade do isolamento.
Segundo ele, fechar o comércio, suspender aulas e proibir o transporte público não resolve, apenas assusta as pessoas. Mais efetivo seria cuidar das pessoas vulneráveis.
Entre as medidas mais eficientes, ele cita focar nos asilos, isolar os idosos (separando-os temporariamente dos netos e filhos) e ampliar o número de leitos em hospitais. Para os demais, a receita é adotar com rigor máximo as normas de higiene.
Se ele fez, eu faço
Por que, então, os governantes estão adotando medidas drásticas? Voltamos ao componente mais perverso desta crise, qual seja, a irracionalidade, por mais bem-intencionados que sejam.
Pelo ineditismo da situação, a tendência das autoridades públicas é adotar as ações de maior amplitude ao seu alcance. À medida que um as adotou, os demais fazem o mesmo, com receio de parecer lenientes. Assim é a política.
Os governantes estão agindo como se todos os lugares do mundo fossem Wuhan, o epicentro da crise, ou a Lombardia, um caso particular. É como se as infecções pelo ebola, que atingiram regiões específicas na África, levassem o mundo todo a adotar as mesmas medidas restritivas.
Lembram da aids, até hoje sem cura? Não há necessidade que todos abandonem a vida sexual, uma das maneiras mais seguras de evitar o vírus.
Basta identificar os grupos de risco e adotar as medidas de prevenção. O Brasil, como se sabe, foi exemplo para o mundo no combate à aids.
Há diferenças nestes dois exemplos, mas o princípio é o mesmo.
O coronavírus da economia
Agora, no momento em que o pânico já está instalado, o que fazer? Tentar voltar à razão e não ter medo de questionamentos.
Como, por exemplo, o levantado pelo Wall Street Journal na última quinta, 19. Em editorial (Rethinking the Coronavirus Shutdown), ele propõe repensar o colapso que pode advir da paralisação da economia por conta do coronavírus.
O prestigiado periódico prevê um "tsunami que vai destruir a economia e provocar a perda de milhões de empregos, já que o comércio e o setor produtivo simplesmente pararam".
Nada muito diferente do que se vislumbra aqui no Brasil. "Não existe dinheiro suficiente para compensar perdas desta proporção que estamos vendo caso esta paralisação continue por mais semanas", alerta o WSJ.
O jornal acrescenta que os EUA, que já despenderam U$ 1 trilhão, se preparam para gastar outro U$ 1 trilhão. Somente na semana passada, 2,25 milhões de norte-americanos perderam os empregos.
Objetivamente. O desemprego no Brasil vai aumentar e pequenas e microempresas vão fechar. Se os EUA, a maior economia do planeta, terá dificuldades para evitar a recessão, o que dizer do Brasil, cujo PIB vem se arrastando desde 2014?
Na recessão, o câncer mata mais
Bem, mas o importante agora é salvar vidas, rebatem de boa-fé pessoas enclausuradas no medo e na desinformação. Sem dúvida, é papel do Estado salvar vidas.
Mas todas as vidas. As das vítimas do coronavírus e das vítimas da recessão econômica. Ou, pior, da depressão que vem aí, nada invisível.
Mas como saber quantos vão morrer no futuro? Novamente, dados.
A respeitada revista The Lancet publicou estudo, em 2016, com base em dados de mais de 75 países, com população total de mais de 2 bilhões de pessoas. No período da recessão de 2008-2010, o estudo estima que 260 mil pessoas morreram a mais de câncer, apenas nos países da OCDE.
Ou seja, a recessão mata. E não estamos falando da fome, do desalento, do aumento da criminalidade, das falências, de mais uma década perdida.
Não, leitor, não se trata de escolher entre uma e outra tragédia. Mas de colocar os pés no chão, analisar os dados com serenidade, mas presteza, e minimizar os danos que certamente virão.
Assim como os médicos apontam as mortes por coronavírus como inevitáveis, os óbitos por conta da recessão econômica também são reais - sem falar em tragédias pessoais e famílias destruídas. Se a paralisação imposta pelos governos não for cautelosamente dosada, a recuperação econômica pode durar anos, pois 2020 já está perdido.
E quem não pode ficar em casa...
Portanto, não se fala aqui de teorias da conspiração. Muito menos de desprezar o inimigo invisível. Eu e minha família queremos continuar vivos, por isto ampliamos os cuidados com a higiene.
Mas o que dizer dos trabalhadores informais, que ocupam uma grossa fatia de nossa economia? E os 11,6 milhões de desempregados, número que certamente aumentará?
E os milhões de microempreendedores que vão assistir seu negócio esfarelar-se, depois de anos de labuta e investimento? E o setor do turismo (hotéis, companhias aéreas etc.), que irá minguar?
Assim como o funcionalismo estável e privilegiado, a maioria dos leitores talvez não tenha dificuldade de sobreviver por um ou dois meses confinados em suas residências. Mas boa parte dos brasileiros arrecada de manhã para comer à tarde.
Para pobres e miseráveis, o sofrimento não cessará com a queda das mortes pelo coronavírus. Ao contrário, vai se agravar.
Do lado estatal, a arrecadação terá queda brusca, afetando, entre outras áreas, a saúde pública. Como o Estado, que estava tentando se recuperar a duras penas, vai reagir a este nocaute?
Sim, o mundo vai acabar um dia, mas não precisamos antecipar o fim.
No Rio Grande, no começo do inverno, tempo de mortes em consequência do frio inclemente, se diz, com humor, que, caso os mais velhos cheguem até agosto, ganham mais um ano de vida. Se, quando agosto de 2020 chegar, continuarmos nesta toada irracional, talvez estejamos apenas no começo de um longo, depressivo e mortífero inverno econômico.

terça-feira, 24 de março de 2020

MEU RETRATO CANTADO


Livre (Born Free)

Agnaldo Timóteo

Livre
Livre, livre
Livre, nasci como a brisa
Que as praias alisa
E encrespa as ondas do mar
Livre de braços abertos
Os olhos desertos
Do que faz a gente chorar
Quero você que se inflama
E aquece na chama azul do amor
Do amor que lhe dou
Livres na eterna alvorada
No tempo sem nada
Só o amor
Livre

Born Free, Andy Williams NASCIDO LIVRE

Nascido livre, tão livre como o vento sopra
Tão livre quanto a grama cresce
Nascido livre para seguir seu coração
Viver livre e beleza rodeia
O mundo ainda surpreende você
Cada vez que você olha para uma estrela
Fique livre, onde não há paredes que dividem
Você é livre como a maré que ruge
Portanto, não há necessidade de esconder
Nascem livres e vale a pena viver
Mas só vale a pena viver
Porque você nasceu livre
(Fique livre, onde não há paredes que dividem)
Você é livre como a maré que ruge
Portanto, não há necessidade de esconder
Nascem livres e vale a pena viver
Mas só vale a pena viver
Porque você nasceu livre


segunda-feira, 23 de março de 2020

A CHINA TEM DE RESSARCIR O BRASIL E O MUNDO

A CHINA TEM DE RESSARCIR O BRASIL E O MUNDO
Theodiano Bastos
Em meio ao caos provocado pelo novo coronavírus, entrei em contato com um escritório de advocacia de Vitória para abrir ação coletiva contra o regime chinês por causa da pandemia de coronavírus É o governo chinês que deve pagar indenização para estímulo econômico do Brasil e demais países do mundo,             para ressarcir os recursos federais despendidos para evitar o alastramento do coronavírus e tratamento de enfermos, com grandes repercussões nacionais.
Este texto está no blog: theodianobastos.blogspot.com

USA: tombo de 30%

O Morgan Stanley estima uma queda de 30% da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre e uma taxa de desemprego de 12,8%.
O Goldman Sachs aposta numa queda do PIB americano de 24% no próximo trimestre e recessão global em 2020 e possivelmente em 2021.

Escritório de advocacia da Flórida abre ação coletiva contra regime chinês por causar pandemia de coronavírus

"A transmissão entre humanos ocorreu desde dezembro de 2019"

Um funcionário do parque é visto usando óculos e máscara de proteção enquanto caminha pelo local em Pequim, China, em 14 de março de 2020 (Wang Zhao / AFP via Getty Images)
Por Cathy He
Um escritório de advocacia da Flórida entrou com uma ação coletiva federal contra o regime chinês por causar a pandemia de coronavírus, alegando que o encobrimento inicial do surto em Pequim resultou em sua disseminação global.

Em uma ação movida em 12 de março, o Berman Law Group alega que regime chinês “sabia que a COVID-19 [uma doença causada pelo novo coronavírus] era perigosa e capaz de causar uma pandemia, mas teve uma ação lenta e, proverbialmente, enterrou sua cabeça na areia e/ou encobriu o surto para seu próprio interesse econômico”.
Logo, o surto que se originou na cidade de Wuhan no centro da China em dezembro, já se espalhou por mais de 100 países, gerou mais de 100.000 infecções fora da China e milhares de mortes. Atualmente, os Estados Unidos têm mais de 6.000 casos de vírus.
“Como alegamos em nossa denúncia, como autoridades chinesas já sabiam em 3 de janeiro que a COVID-19 havia sido transmitida de humano para humano e que os pacientes começaram a morrer alguns dias depois”, disse Matthew Moore, advogado de ações coletivas da empresa, em um comunicado à imprensa. “No entanto, eles continuaram dizendo ao povo de Wuhan e ao mundo em geral que estava tudo bem, até mesmo realizando um jantar público em Wuhan para mais de 40.000 famílias em 18 de janeiro”.
Embora as autoridades chinesas tenham confirmado surtos iniciais do coronavírus em 31 de dezembro de 2019, foi somente em 20 de janeiro que a transmissão do vírus de humano para humano foi confirmada. Antes disso, as autoridades descreveram o surto como “evitável e controlável”. No entanto, um estudo de janeiro dos primeiros 425 casos de doença em Wuhan detectou que “houve casos em que a transmissão entre humanos ocorreu entre contatos próximos desde dezembro de 2019”.
A ação denomina a República Popular da China, a Província de Hubei, a Cidade de Wuhan e vários ministérios do governo chinês como réus.
“Isso poderia ter sido contido enquanto as autoridades chinesas tentavam colocar uma narrativa positiva sobre o desenvolvimento da epidemia para o próprio interesse econômico da China”, disse o ex-senador do estado da Flórida Joseph Abruzzo, diretor de relações públicas da empresa.
Espera-se que o surto afete todo o mundo, inclusive os Estados Unidos, com alguns economistas prevendo uma recessão global até o final do ano. O governo Trump ofereceu um pacote de estímulo econômico de US$ 850 bilhões para aliviar as conseqüências econômicas da pandemia.
“É o governo chinês que deve pagar indenização para estímulo econômico aos Estados Unidos, não o povo americano”, disse Russell Berman, co-fundador da empresa.
Uma ação coletiva, movida pelo Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul da Flórida, lista quatro moradores da Flórida como autores, bem como um centro de treinamento para jogadores de beisebol em Boca Raton. Nenhum dos queixosos contraiu o coronavírus, disse Moore ao law.com.
Coronavírus: brasileiro processa presidente chinês e pede R$ 5 bilhões
Em processo distribuído à Justiça Federal do DF, o morador de Rondônia afirma que a culpa pela pandemia é do presidente Xi Jinping. Valor da indenização iria para a União, segundo o autor
ME Maria Eduarda Cardim - postado em 21/03/2020
Em meio ao caos provocado pelo novo coronavírus, um morador de Porto Velho decidiu processar na Justiça o governo da China. Por acreditar que a pandemia de Covid-19 que atinge os cinco continentes é resultado da omissão de Xi Jinping, um contabilista de 54 anos pede R$ 5 bilhões de indenização ao presidente chinês para "arcar com os prejuízos causados ao povo brasileiro". O dinheiro seria destinado à União.
O processo foi distribuído para a 14ª Vara Federal do Distrito Federal. Na peça, o autor também pede que, após ser condenado, o presidente chinês seja multado em R$ 100 mil por dia caso não cumpra a decisão. O morador da capital de Rondônia afirma, ainda, que o Procurador-Geral da União, André Luiz Mendonça, omitiu-se ao não tomar providências de ordem legal contra a China.
Uma das justificativas usadas pelo brasileiro seriam os "recursos federais despendidos para evitar o alastramento do coronavírus, e tratamento de enfermos, com grandes repercussões nacionais".
"Entretanto, quem deve arcar com todos os prejuízos causados ao povo brasileiro é a República Popular da China, que, através de seu presidente como é público e notório, negligenciou e agiu com omissão quando lhe foi informado de que estava existindo um vírus de alto poder de contágio e poderia causar graves danos à saúde pública e mesmo assim não tomou as providências imediatas para evitar que o mesmo se alastrasse em mais de 170 países", escreve. https://www.correiobraziliense.com.br
Prefeito de Wuhan oferece o cargo após admitir demora na informação sobre vírus 27/01/2020  São Paulo - O prefeito de Wuhan, cidade no epicentro do surto do novo tipo de coronavírus na China, colocou o cargo à disposição após críticas sobre falta de transparência na divulgação de informações sobre o surto de coronavírus, informa a mídia chinesa. O secretário do Partido Comunista da China em Wuhan, Ma Guoqiang, também colocou o cargo à disposição. "Nossos nomes viverão na infâmia, mas se for necessário para o controle da doença e à vida e segurança das pessoas, o camarada Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade", disse Zhou Xianwang. Em entrevista à emissora ... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/01/27/prefeito-de-wuhan-oferece-o-cargo-apos-admitir-demora-na-informacao-sobre-virus.htm?cmpid=copiaecola