DESPERDÍCIO
DE TALENTOS, theodiano bastos
Pela lei da
probabilidade, estatística internacional (UNESCO), 3% dessas crianças e
adolescentes seria constituída de altas habilidades/superdotados.
Segundo o último Censo Escolar do MEC em
2017, no ensino médio tinha 7,9 milhões de matriculados, dos quais 7,9% têm
atividades em tempo integral. Já no ensino fundamental tinha 48,6 milhões de
matriculados, ou seja um total de 56,5 milhões, dos quais 169 mil teriam superdotados (3%) e O BRASIL NÃO PODE DESPERDIÇAR ESSES TALENTOS
A respeito, esclarece
a Profa. Suzana Pérez, Presidente do Conselho Brasileiro de Superdotação: A
estimativa da Organização Mundial da Saúde, que, por estar baseada apenas nos
resultados de testes de QI, é a mais conservadora, aponta um índice de 3,5 a 5% em qualquer país.
Esse índice, porém, não considera as Altas Habilidades/Superdotação em áreas
não cognitivas, e nem sequer aqueles que, mesmo tendo Altas
Habilidades/Superdotação em áreas cognitivas, são
superdotados
do tipo criativo e, geralmente, não costumam ter escores altos em testes
padronizados. No Rio Grande do Sul foi feito um estudo de prevalência, em 2001,
que indicou um índice de 7,78%, considerando uma definição mais ampla de
superdotação (Renzulli, 1975, 1986) e de inteligência (Gardner, 1993, 2000) e
ele não deve ser muito diferente em outros estados.
Há três anos o MEC implantou nos 26 estados e no
distrito federal, os Núcleos de
Atividades de Altas Habilidades/Superdotados – NAAH/S que funcionam com recursos do MEC/SEESP/UNESCO.
Que a gerência dos programas sejam entregues a profissionais com perfil de gestores, a fim
de que possa implantar o Programa em todo o país, usando as funções da UAB –
Universidade Aberta do Brasil, implantando em cada município uma unidade da ASPAT -
Associação de Pais e Amigos para Apoio ao Talento e se
possível, unidades do CEDET – Centro
para Desenvolvimento do Potencial e Talento, propostos pela educadora Zenita Guenther.
DIAMANTES DESCARTADOS
Cláudio de Moura
Castro, em Veja de 07/05/08 p. 22, diz: “Estima-se que 3% da população são
diamantes em meio ao cascalho e ao cristal.” E que são ignorados pela escola
pública do Brasil, onde devem ser “integrados” aos demais, quando em outros
países eles merecem uma atenção especial. Os talentosos são impedidos de
desabrochar no tipo de escola pública no Brasil
e por isso “Desajustam-se ou fingem ser medíocres, a fim de evitar
conflitos e embaraços. São diamantes descartados. Jogamos no lixo essa
matéria-prima que é uma propriedade pública e ninguém tem o direito de
desperdiçá-lo” e estamos perdendo essa
riqueza, alerta Ensino
de baixa qualidade gera rebeldia em aluno superdotado, diz diretor do
Ministério da Ciência e Tecnologia. E que a Rede
pública tem núcleos específicos de atendimento aos superdotados.
O
QUE SE ESPERA DO PROJETO
1) A identificação dos
talentos individuais nas diversas áreas dos ensinos fundamental e médio do
país; 2) despertar entre os jovens o espírito cientifico, facilitando a expressão
de sua imaginação criadora; 3) criar
condições para detectar talentos e formar empreendedores; 4) criar condições
para a inserção social dos jovens talentos com prioridade para escolas públicas, facilitando o
desenvolvimento da auto estima, a formação de sua própria identidade; e criar
condições de acompanhamento de desenvolvimento pessoal e formação básica dos
estudantes inseridos nos programas do projeto.
RISCO
DE DESVIO DE CONDUTA
Especialistas
alertam que talentos podem ser desviados para atividades anti-sociais. Os bandidos estão chegando primeiro a esses
jovens que se despontam, levando-os a utilizar essa alta capacidade, que
poderia trazer o bem para a sociedade, para fazer o mal, onde os jovens com altas
habilidades/superdotados encontram no mundo do crime o desafio, a instrução e a
valorização que não tiveram na escola. Os melhores resultados são encontrados
quando a família é parte ativa na educação. E prioridade na aplicação imediata
nas escolas dos bairros mais violentos das cidades brasileiras.
OBSTÁCULOS A SUPERAR:
O academicismo
emperra o andamento dos projetos na área. “eles (os professores de sala de aula
e equipes técnicas de educação básica. São esses os educadores com quem as
crianças contam) não podem ficar todo
tempo esperando os acadêmicos destrincharem suas questões polêmicas, traduções,
divergências e pontos de vista. Eles precisam começar a agir, imediatamente, pois
as crianças crescem depressa, e seu potencial não pode esperar”, alerta a Profa. Zenita Guenther
“Escola é
como empresa; se não buscar a eficiência com método e competência, ela não
virá. Precisa dimensionar a demanda, estabelecer metas, cronogramas e acompanhar
resultados” E “Para que os mais dotados se tornem em esteios da sociedade, ou
desempenhem o papel que deles se espera, faz-se necessário dispensar-lhes
cuidados especiais. O problema dos mais dotados é de tal importância que só
esforços conjugados da sociedade e dos governos poderão resolvê-los
eficientemente” Helena Antipoff